Apontada como ação entre amigos, um jogo de cartas marcadas para favorecer apoiadores do prefeito da cidade, a contratação, sem licitação, de uma empresa para operar as linhas municipais regulares está deixando muita gente sem dormir em Santo Antônio de Pádua, pequena cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, onde motoristas de vans viraram sócios em uma empresa de ônibus de uma hora para outra.
Trata-se de uma emergência fabricada para que, segundo apurou o Ministério Público, o prefeito Paulo Roberto Pinheiro Pinto, o Paulinho da Refrigeração, pudesse cumprir uma promessa de campanha que teria sido feita a empresários e operadores do transporte alternativo de passageiros, e entregasse ao grupo a exploração das linhas municipais de ônibus, sem que fosse aberta a devida concorrência pública para definir a concessão do serviço.
Concessionária tirada do jogo – Até abril de 2021 as linhas municipais de ônibus de Pádua eram concedidas a empresa Autoviação Rio Pomba, cujo contrato terminaria em dezembro de 2022, com direito a ser renovado por mais dez anos. Pelo que foi apurado, logo depois de eleito Paulinho passou se reunir com empresários e motoristas de vans para avisar que mudaria tudo no serviço, dando a entender que os dias da Rio Pomba no município estariam contados e montar a operação.
A Autoviação Rio Pomba teve o contrato rescindido e foi substituída pela microempresa Rodolfo Pinto Vinhosa, através de contrato emergencial firmado no dia 9 de abril de 2021, mas esta sublocou a empresa Autoviação Unidos de Pádua, criada por 14 sócios, entre eles vários operadores das vans do transporte alternativo, exclusivamente para este fim.
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