O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) teria recebido esta semana uma denúncia de um suposto crime ambiental pratica pelo Presidente da Câmara de Itatiaia, Vinicius Leal, o Vini Celular.
A denúncia trata de uma obra em uma mansão às margens do Rio Paraíba do Sul, na Rua Lúcio Mendes Bernardes, no bairro Fazenda Belos Prados.
“A construção avança para o referido rio sem nenhum critério de proteção ao ambiente, degradando uma área de proteção permanente e com um termo de ajuste de conduta assinado sendo desrespeitado. Moradores pedem providências para impedir um maior prejuízo ambiental”, expressa a denúncia.
A construção supostamente de Vini Celular ainda teria chegado ao conhecimento de outros órgãos, como o Ibama e o Ministério Público do Rio de Janeiro, o MPRJ. Uma polêmica que se agravou pela suposta proibição da prefeitura a outros moradores que teriam tentando construir no local e acabaram barrados.
O suposto TAC, termo de ajustamento de conduta, junto ao MP seria uma contrapartida celebrada há alguns anos para a não demolição dos imóveis erguidos às margens do Rio Paraíba, uma APP (Área de Proteção Permanente). A polêmica envolvendo Vini Celular teve início depois que o parlamentar começou a ser visto diariamente em uma obra de grande porte em uma mansão que teria sido recém-adquirida no local.
Não é possível afirmar se realmente a obra pertence a Vini, tampouco se o parlamentar possui autorização de órgão ambientais para a obra e se o local realmente está dentro de uma APP, conforme dizem os moradores – até o momento, Vini não se pronunciou sobre o assunto.
Embora nada esteja comprovado contra a suposta obra de Vini, a não fixação de uma placa demonstrativa de regularidade e o não esclarecimento sobre a construção tornaram o vereador alvo de críticas, sendo ele uma autoridade no município do sul fluminense.
A envergadura e os custos supostamente elevados, tanto da obra quando do imóvel, que estaria estimado em R$ 600 mil e que teria sido comprado recentemente, chamavam a atenção dos observadores mais atentos. Em 2020, o parlamentar declarou à Justiça Eleitoral em 2020 que só possuía R$ 5 mil em uma conta corrente e, portanto, não conseguiria abarcar um empreendimento dessa envergadura somente utilizando seus vencimentos, caso o imóvel e a construção realmente estejam ligados a ele.
Os outros vereadores ainda não se pronunciaram sobre a polêmica envolvendo a suposta obra de Vini e outros possíveis crimes ambientais em Itatiaia. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.