Lançado aos leões depois de anunciar sua pré-candidatura à Prefeitura de Itaguaí, o vereador Gil Torres (União Brasil) foi tirado da cadeira de presidente da Casa e logo em seguida afastado do mandato, sob a acusação de ter contratado uma empresa para locação dos equipamentos necessários às transmissões das sessões plenárias pela TV Câmara sem aprovação dos demais membros. Para concluir o processo de cassação o julgamento final foi marcado para a próxima quinta-feira (14), e é aí que a porca torce o rabo…
É que Torres está sendo responsabilizado sozinho por um ato que foi submetido a apreciação e aprovado por unanimidade. Mais que isso: a ata da sessão de 11 de abril de 2023 – na qual foi discutida a contratação da tal empresa por R$ 1,6 milhão, via adesão de um registro de preços gerado a partir de processo licitatório realizado pela Câmara Municipal de Angra dos Reis – foi assinada por, além de Gil, mais cinco vereadores, sendo três deles membros da comissão processante instalada para derrubá-lo.
Conforme pode ser conferido aqui, assinaram o documento Gil Torres (como presidente), Vinicius Alves de Moura Brito (1º vice-presidente), Júlio Cesar José de Andrade Filho (2º vice), José Domingos do Rozario (3º vice), Guilherme Severino Campos de Farias (1º secretário) e Alexandro Valença de Paula (2º secretário).
“No ar” há quase dois meses, a “novela” da cassação de Torres terá mais um capitulo nesta segunda-feira (11), quando o relatório preparado pelos integrantes da comissão processante formada contra Torres será lido, um ato tecnicamente desnecessário, pois o resultado já é conhecido até pelos pombos que fazem sujeira sobre os telhados do poder no município.
Por: elizeupires.com