A prefeitura de Resende ainda não se pronunciou sobre o cancelamento de férias relatado por dezenas de funcionários nos últimos meses, tampouco o valor do abono natalino dos servidores públicos municipais e quando ele chegará ao bolso dos funcionários. O drama da categoria acontece ao um endividamento de R$ 311 milhões relatado em outubro pela gestão do prefeito Diogo Balieiro, que na ocasião ainda conseguiu junto à Câmara, autorização para fazer um empréstimo bancário de R$ 25 milhões, quinto pedido de empréstimo feito pelo alcaide.
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Enquanto os servidores sofrem, o Sindicato dos Funcionários Públicos do Município de Resende, o SFPMR, quem diria, já não é aquele dos velhos tempos em que seus líderes sindicais provocavam frio na espinha dos políticos da cidade do sul fluminense na busca por melhorias aos servidores. Ano passado, por exemplo, o SFPMR comemorou “um feito histórico” que não tem qualquer representatividade à categoria, o recebimento de uma “Moção de Louvor” da Câmara Municipal.
Com os braços cruzados do SFPMR, o problema do não recebimento das férias teria se intensificado em julho, quando a prefeitura teria começado a intensificar o bloqueio de diversos recebimentos de férias de servidores, embora não seja possível afirmar se isso aconteceu em 100% dos casos de servidores que tentaram tirar férias nesse período e não receberam. Segundo o relato de alguns servidores, o problema se agravou com o inchaço da máquina pública por causa do excesso de cargos comissionados, os CCs, nomeados pelo prefeito Diogo Balieiro.
As mensagens nos grupos de whatsapp sobre o não recebimento de férias coincidem com o demonstrativo de despesa de pessoal emitido pela prefeitura em agosto, documento em que o governo do prefeito Diogo Balieiro relatou mais de R$ 431,6 milhões com folha de pagamento. No acumulado de 12 meses, esse total representou 53,56% da receita corrente líquida da cidade do sul fluminense, cerca de R$ 806 milhões segundo a prefeitura.
Esses R$ 431,6 milhões, que incluem centenas de CCs nomeados por Balieiro, representam quase o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade fiscal para pagamento de pessoal do Executivo é 54% da receita corrente líquida.
Pelos números da própria prefeitura, a a cidade do sul fluminense se transformou em uma bolha nos últimos anos, já que a divida do município ultrapassou R$ 311 milhões em outubro.
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Repasse à Santa Casa continuam encobertos
No Portal da Transparência, continuama indisponíveis as informações de repasses de verba pública à Santa Casa de Resende. Essa ausência de informações foi objeto de uma denúncia recente ao Ministério Público, o MPRJ. O pedido de ajuda ao MP aconteceu depois que a maioria dos vereadores reprovou um requerimento do vereador Tiago Forastieri, que tentava lançar luz sobre os repasses à instituição filantrópica nos últimos três anos, e pode envolver, pelo menos, R$ 51,5 milhões.
Durante a sessão de reprovação do documento, o vereador Roque Cerqueira admitiu em plenário que recebeu determinações da base do governo do prefeito Diogo Balieiro para rejeitar o requerimento de Tiago e, com isso, manter “encoberto” os repasses à Santa Casa nos últimos três anos, período que abarcaria a gestão do diretor atual, Kaio Márcio Paiva, e do antecessor dele, Luiz Saldanha, que atualmente ocupa o secretário de Saúde de Itatiaia – Kaio e Luiz são aliados de Diogo.
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