Supostamente beneficiada pelo governo do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, em um processo licitatório questionado judicialmente, a M.G.F Sul Construtora e Serviços LTDA, sediada em Resende, parece ter um bom trânsito junto à administração municipal “de plantão” na cidade do sul fluminense.
A empresa de terceirização tem em seu quadro societário Marcelo Cotrim, que ocupou um cargo de direção de serviços públicos durante o governo de Sílvio de Carvalho e seu vice Paulo Cardoso (2005-2008). Porém, garantem fontes ligadas aos bastidores políticos de Resende, Paulo Cardoso teria participação na M.G.F Sul Construtora.
No começo de janeiro, outra empresa de terceirização de serviços de Resende, a Manurb, acionou a prefeitura de Resende na Justiça pedindo o cumprimento de duas decisões proferidas no ano passado em favor da Manurb. Isso porque a empresa alega que foi desclassificada injustamente da concorrência pública nº 03/2023 da Prefeitura de Resende, mesmo com um preço R$ 300 mil mais barato que o valor da M.G.F, para serviços de capina e roçada.
Alegações que foram acatadas pela Justiça em duas decisões, além da concordância do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, que restituíram a participação da Manurb no certame. Porém, alegou a empresa, a gestão de Diogo Balieiro teria aproveitado uma liminar pretérita às decisões para, rapidamente, fechar o contrato com a M.G.F de Paulo Cardoso e Marcelo Cotrim. Mas, depois das decisões favoráveis à Manurb, a prefeitura de Resende estaria “fazendo corpo mole” para efetivar a contratação da Manurb.
Para ler mais sobre esse assunto, acessar a petição da Manurb e as decisões judiciais citadas nesta matéria, clique nesse link.
Paulo Cardoso e Marcelo Cotrim deixaram seus respectivos cargos no dia 31 de dezembro de 2008, véspera da posse do então prefeito eleito José Rechuan. Porém, ao que tudo indica, não demorou muito para a dupla “retornar à prefeitura” por meios de contratos milionários. Tanto que em 2011, a M.G.F já emplaca o terceiro temo aditivo a um contrato de quase R$ 1,1 milhão naquela época, acrescido em pouco mais de R$ 32 mil (3%) em 2011. Um volume que, pela correção inflacionária desses quase 13 anos, giraria em quase R$ 2 milhões em valores atuais.
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Ao que tudo indica, em um eventual terceiro mandato de Rechuan a partir de 2025, a M.G.F. pode ter boas chances de sucesso, caso o passado se repita. Isso porque as gestões de Balieiro e Rechuan parecem sintonizadas em diversas questões, entre elas a “intervenção” na Santa Casa de Misericórdia de Resende, cuja paternidade foi recentemente reivindicada por Rechuan, que sugeriu que Balieiro apenas deu continuidade. Para ler mais sobre esse assunto clique nesse link.