O Oncobarra, uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) credenciada ao SUS para atendimento a pacientes com câncer da região do Médio Paraíba, ainda não confirmou os detalhes de um suposto convênio com a prefeitura de Resende para incorporação de um posto de atendimento no município.
O assunto anda causando polêmica em Resende porque, após o anúncio de um repasse de R$ 27 milhões do governo do estado para obras e equipamentos. Primeiro porque a maior parte desse dinheiro foi destinado ao pagamento da empresa Fire Works Engenharia por um valor considerado salgado, R$ 15,8 milhões, para o volume considerado modesto da obra.
Porém, nem prefeitura de Resende nem o Oncobarra explicaram ou o governo do estado deram detalhes sobre o custeio do posto de atendimento de Resende, já que o Oncobarra já enfrenta problemas para se manter com os repasses do SUS.
Suposta municipalização com verbas encobertas
Ao que tudo indica, o O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, precisará ser acionado para responder algumas perguntas envolvendo o posto oncológico de Resende. Uma delas o valor da reforma e as sucessivas “vitórias” da Fire Works em processos licitatórios realizados pela gestão de Balieiro.
A outra questão, que se comenta nos bastidores da cidade do sul fluminense, seria a suposta utilização dos repasses feitos à Santa Casa para o posto oncológico.
É aí que a questão se complica, porque a intervenção da prefeitura de Resende na Santa Casa já é objeto de questionamentos e denúncias ao MP pelo encobrimento dos repasses no Portal da Transparência.
No final do ano passado, os vereadores da base de Diogo Balieiro barraram um requerimento de informação que objetivava esclarecer quanto de verba pública foi repassada à Santa Casa nos últimos anos e como foi utilizada. Um volume estimado em R$ 100 milhões gerenciados pelo diretor atual, Kaio Paiva, e seu antecessor, Luiz Saldanha, atualmente secretário de Saúde de Itatiaia.
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Resende endividada
A administração de Balieiro relatou no final do ano passado um endividamento de R$ 311milhões, quase 50% da receita corrente líquida do município. Além disso o prefeito ainda conseguiu aprovação da maior parte dos vereadores para mais um empréstimo bancário, no valor de R$ 25 milhões.
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Oito anos de fantoche?
Uma nova denúncia levada na semana passada ao conhecimento do MP sugere que a intervenção da prefeitura de Resende na Santa Casa de Misericórdia da cidade, apesar de ter sido efetivada na gestão de Diogo Balieiro, pode ter os tentáculos do ex-prefeito da cidade do sul fluminense José Rechuan no gerenciamento da unidade de saúde nos últimos anos. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.