Os servidores da prefeitura municipal de Resende continuam a ver navios com o aumento de 10% prometido para fevereiro desse ano pelo prefeito Diogo Balieiro, o que pode ser empurrado para maio segundo os observadores mais atentos da política local. Isso, caso o prefeito já tenha a lei sancionada, já que o prazo para reajuste acima da inflação expirou segunda, dia 8.
Na prática, a gestão do atual prefeito não concedeu qualquer reajuste que representasse ganho para a categoria, já que, nos oito anos do alcaide, devem ser 33% nos últimos três anos de mandato, caso se confirme os 10%, e outros 3% nos cinco primeiros anos da gestão de Balieiro. Um total de 36% que, em média, representa 4,5% ao ano, percentual abaixo do reajuste do salário mínimo que se valorizou 41,83% nesse mesmo período, 5,23% ano ano em média.
Já a inflação nos últimos 10 anos, o que inclui dois anos do mandato do ex-prefeito, José Rechuan, que também deixou os servidores à mingua, é de cerca de 85%. Isso representa dizer que Rechuan e Diogo Balieiro fizeram uma péssima gestão quando o assunto é a valorização dos servidores públicos municipais.
No começo de fevereiro desse ano, em um áudio dirigido aos servidores municipais de Resende, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Resende (SFPMR), Geovanio Souza, afirmou que o prefeito iria cumprir ainda em fevereiro os termos de um acordo firmado em dezembro de 2021, referente à concessão de um reajuste de 10% à categoria, que representam a última de três parcelas que totalizam 33%.
Na ocasião, Diogo Balieiro afirmou que, embora a data-base dos servidores fosse o mês de maio, ela seria antecipada para fevereiro.
“Muitos servidores têm me cercado… com relação àqueles 10% daquele acordo de 33%, seria a última parcela… eu tive contato ontem com o secretário de Governo. Estão tentando marcar uma reunião com o sindicato agora pra pode já concretizar… a Câmara já voltou essa semana, vai parar para o Carnaval, e a minha preocupação se deu por ser um mês curto… mas o de Governo (Élio Rodrigues) se certificou que não vai ser impedimento isso”, disse o Geovanio.
Ouça a seguir ao áudio de Geovanio na íntegra.
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Pré-candidato a prefeito em Itatiaia só deu 3%
Em relação aos 3% dos cinco primeiros anos de Diogo Balieiro, período que contribuiu em muito para as perdas salariais dos servidores municipais, a pasta de Administração, responsável pela gestão de pessoal, era ocupada por Kaio Márcio Paiva, que se mudou recentemente para Itatiaia para uma possível disputa da eleição majoritária desse ano, já que o grupo de Balieiro estaria de olho na arrecadação da cidade vizinha, estimada em R$ 370 milhões, após Diogo Balieiro afundar Resende em uma dívida que ultrapassa R$ 311 milhões, 42% da receita corrente líquida.
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R$ 100 milhões às escutas no Portal da Transparência
O portal da transparência continua sem detalhar os repasses de dinheiro público à Santa Casa de Resende, uma instituição com personalidade jurídica própria que foi objeto de uma intervenção da prefeitura da cidade do sul fluminense durante a gestão de Diogo Balieiro. Apesar do estardalhaço relacionado à intervenção, o alcaide e o então diretor da unidade de saúde, Kaio Márcio Paiva, continuam em silêncio quando o assunto é prestar contas à população de como e com que o dinheiro do povo foi utilizado, um montante estimado em R$ 100 milhões nos últimos três anos.
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