Prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado, ordena despejo de ambulantes antigos dos Quiosques da Praça das Águas e estipula prazo de 72 horas para entrega das chaves na Secretaria de Posturas

A Prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado, tomou uma decisão contundente que afeta diretamente os vendedores ambulantes históricos da região da Praça das Águas. Através de um ofício expedido pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos junto à Secretaria Adjunta de Licenciamento e Fiscalização, os titulares de licenças de determinados quiosques foram notificados sobre a suspensão de suas atividades.

O Ofício nº 012/ADLIF/2024, dirigido à Associação de Variedades, Alimentação e Artesãos da Feira da Praça da Cidadania (AVAA), estipula um prazo de 72 horas para que os permissionários entreguem as chaves de seus estabelecimentos na Secretaria da Fiscalização de Posturas.

A medida afeta os boxes numerados A16, A18, C11, D02, D04, D17, D18, E19, F02, G17 e F06. A Secretaria, na figura do Secretário Adjunto de Licenciamento e Fiscalização, Fábio Tardeli Pereira de Almeida, solicitou a colaboração da AVAA para garantir a comunicação efetiva da decisão, considerando a dificuldade encontrada para notificar os permissionários individualmente, muitos dos quais encontraram seus boxes fechados.

Este movimento da administração municipal tem causado alvoroço entre os trabalhadores afetados, que veem no despejo uma ameaça ao seu sustento e tradição. A Praça das Águas é conhecida por ser um ponto turístico e cultural, onde muitos desses vendedores mantêm suas atividades há gerações.

O curto prazo dado e a falta de comunicação prévia suscitaram críticas de falta de diálogo e transparência. A decisão abrupta coloca em questionamento o futuro da feira da Praça da Cidadania e dos trabalhadores que dependem dos visitantes diários para seu ganha-pão.

Enquanto a prefeitura justifica a medida como necessária para a reorganização e melhor gestão do espaço público, os afetados preparam-se para buscar alternativas, muitos considerando recorrer à justiça para reivindicar seus direitos.

A cidade aguarda os próximos capítulos desta ação que, embora administrativa, possui um profundo impacto social e econômico em Cabo Frio.

Por: RLagos Notícias