A poucos dias de se lançar oficialmente pré-candidato a prefeito de Resende, o vereador Renan Marassi, ao que tudo indica, precisará muito mais do que os vídeos “fofos” que anda proliferando nas redes sociais com sorrisos forçados e frases clichês.
Isso porque Marassi, apesar de já estar em seu segundo mandato, é considerado um político apagado, que pouco fez para fiscalizar os gastos do prefeito Diogo Balieiro, que afundou a cidade em uma dívida de mais de R$ 311 milhões com diversos empréstimos bancários, inclusive com a aprovação de Marassi.
Porém, a desconfiança em torno do vereador, que supostamente tem diversos cargos comissionados no governo de Balieiro, tem nome e sobrenome: José Rechuan, ex-prefeito de Resende.
Segundo os observadores mais atentos, Marassi não tem “vida própria” e não passa de um pau mandado de Rechuan e do grupo político do ex-prefeito.
Essa desconfiança pode provocar um esvaziamento político do rapaz caso ele não consiga convencer seus apoiadores de que consegue andar com suas próprias pernas. O que já começa a ficar difícil para Marassi pelos rumos tomados por sua pré-campanha, orquestrada por pessoas ligadas a Rechuan e com o filme queimado na cidade, como o ex-vereador Kiko Besouchet.
Moeda de troca de Rechuan para Balieiro
Supostamente comendo na mão de Rechuan, Renan Marassi corre outro risco: virar moeda de troca do suposto chefe.
Isso porque Rechuan estaria mandando e demandando na cidade vizinha de Itatiaia, oficialmente governada pelo desgastado Irineu Coelho.
Por lá, Balieiro já teria pipocado na tentativa de indicar o nome do inexpressivo Kaio Márcio Paiva como pré-candidato a prefeito prefeito. Caso essa informação se confirme, Kaio seria o vice de Irineu e Diogo Balieiro um cabo eleitoral de luxo, independentemente trabalhando para manter o reinado de Rechuan em Itatiaia.
A contrapartida, diz que conhece do riscado, seria o esvaziamento ou, quiçá, a retirada da candidatura de Renan Marassi em Resende, abrindo caminho para Jayme Neto, nome que deve ser indicado por Balieiro na corrida eleitoral desse ano.
A se confirmar esse acordo, Renan teria a opção de manter uma candidatura fora do guarda-chuva e perder seus cargos comissionados ou desistir e tentar uma reeleição de vereador.
Noel correndo por fora
A indefinição em torno de Renan Marassi pode fazer os eventuais orfãos do rapaz migrarem para os braços do desenvolvimentista Noel de Carvalho, pai de praticamente toda infraestrutura que garantiu o desenvolvimento de Resende no final da década de 1990.
A favor de Carvalho também está a situação atual de Resende: endividada, com alto índice de desemprego, proliferação de bolsões de pobreza e escalada da violência. Em boa medida pela ausência de uma política desenvolvimentista da administração do prefeito Diogo Balieiro, centrada na distribuição de migalhas à população empobrecida.
Recentemente Noel de Carvalho deixou escapar que um dos principais pilares a serem propostos na corrida eleitoral deste ano é a ampliação da oferta extracurricular na rede pública de ensino da cidade do sul fluminense com ênfase nas novas tecnologias, com linguagens de programação e inteligência artificial. Além disso Noel quer transformar a cidade do sul fluminense em um hub tecnológico com incentivos à implantação de startups, fintechs e outras empresas de tecnologia como forma de ajudar a alavancar a economia do município, que se encontra estagnada.
Focado em reerguer economicamente Resende, Noel de Carvalho argumenta que contruiu um legado nos anos 1980 e 1990 que permitiram a explosão de emprego e renda, mas ressalta que a maior parte de seus sucessores pouco fizeram para ampliar o crescimento do município.
“As pessoas estão fragilizadas, desempregadas, a cidade está endividada. Nós vamos reverter isso com um foco poderoso no conhecimento tecnológico nas escolas ao passo que promoveremos as incubadoras de startups, fintechs e outros segmentos. Estou muito feliz por esse momento, porque o tempo passou e o jovem futurista continua vivo dentro de mim e Resende vai sair desse marasmo econômico, nós vamos transformar essa cidade mais uma vez”, diz.
De olho na arrecadação de Itatiaia
Após afundar Resende em dívidas que ultrapassavam R$ 311 milhões no final de 2023, Baleiro parece se arvorar sobre a arrecadação de Itatiaia através de Kaio Paiva, diretor da Santa Casa de Resende, considerado um pau mandado de Balieiro, que esteve recentemente em Itatiaia acompanhado pelo deputado estadual Tande Vieira tentando promover Kaio, sob a desconfiança dos moradores de Itatiaia.
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