A expressão “espírito de porco”, no popular, remete a uma pessoa que demonstra prazer em estragar a festa, que se manifesta para causar constrangimentos e tornar complicadas situações simples. E a isto que estão comparando nos ambientes políticos de Itaguaí, a insistência do prefeito Rubem Vieira de Souza, o Dr. Rubão (Podemos) em disputar as eleições deste ano, quando está inelegível, por se encontrar na condição de reeleito.
A legislação em vigor impede a disputa por um terceiro mandato consecutivo, mas ainda assim ele, que está cumprido o segundo mandato, insiste que tem o direito de concorrer e, ao que parece, está disposto a ir até as últimas consequências, fazendo o mesmo que o então prefeito de Itatiaia, Eduardo Guedes, fez em 2020 e levou pancada na Justiça: disputou sub judice, venceu, mas não se sentou na cadeira.
Dois casos e um entendimento jurídico
Presidente da Câmara de Vereadores, Rubão assumiu a Prefeitura em julho de 2020, com a cassação do prefeito Carlo Busatto Junior, o Charlinho, e, montado na máquina pública, venceu o pleito daquele ano, entrando na condição de reeleito, o quem juridicamente, o impede participar das eleições de 2024.
Embora ele insista de vê-la de forma diferente, a situação dele é a mesma da qual Eduardo Guedes, o Dudu, se encontrava quando achou que poderia concorrer a mais um mandato consecutivo.
Guedes era presidente da Câmara e assumiu a Prefeitura de Itatiaia em agosto de 2016. Em outubro daquele concorreu, foi eleito para governar até 31 de dezembro de 2020. Mesmo sabendo que já estava na condição de reeleito e assim em situação de inelegibilidade, insistiu, concorreu, venceu e mergulhou o município nas trevas da insegurança jurídica.
O que aconteceu foi que Itatiaia ficou mais de um ano sob gestões interinas até a realização de um pleito suplementar, período em que ocorreram vários escândalos, com prisões e afastamento de políticos.
Por: elizeupires.com