Alardeado como essencial para Resende e região na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o atual deputado estadual Tande Vieira, ao que tudo indica, não tem mais serventia no Parlamento Estadual. Caso não seja esse o caso, o parlamentar deve representar a última tentativa do atual prefeito de Resende, Diogo Balieiro, em não perder o controle administrativo da cidade do sul fluminense para o principal candidato da oposição, o vereador Renan Marassi.
Tande foi confirmado como pré-candidato a prefeito de Resende apoiado por Balieiro no lugar pouco expressivo Jayme Neto, que não decolou. Porém, dizem os observadores mais atentos da região, Tande pode ter mais chance do que Jayme no embate contra Renan, mas o deputado dificilmente deve servir de fantoche de Balieiro caso assumir o controle administrativo da cidade do sul fluminense.
Caso isso se confirme, dizem por lá, é bom Balieiro se contentar em não ter expostos alguns supostos “podres” localizados nos subterrâneos de seu governo, com os detalhamentos de quase R$ 100 milhões de verba pública repassados nos últimos anos à Santa Casa de Resende. Montante gerenciado pelos ex-diretores Luiz Saldanha, que deixou recentemente a secretaria de Saúde de Itatiaia, e Kaio Márcio, que Balieiro tenta emplacar em Itatiaia.
Resende estagnada
Investidas policiais sobre usuários de drogas e moradores em situação de rua em Resende se tornaram frequentes nos últimos anos.
Os bairros da região central da cidade do sul fluminense se encontram tomados por essas pessoas. Problema que também é percebido na frente de estabelecimentos comerciais e sinais de trânsito , onde essas pessoas pedem dinheiro ou tentam vender pequenas mercadorias, como doces e chocolates.
Em boa medida, a empobrecimento de Resende, que no passado era uma espécie de locomotiva do desenvolvimento do sul fluminense, deve-se ao fato de Diogo Balieiro ter promovido uma governo assistencialista, voltado à reformas consideradas de maquiagem de prédios públicos e a concessão de pequenos favores à população, que se tornou cada vez mais dependentes das migalhas do político. Um ciclo vicioso que favoreceu o populismo do político, mas que atingiu em cheio o crescimento humano e profissional dos moradores da cidade do sul fluminense.
Resende está estagnada na geração de empregos em praticamente todos os setores segundo um gráfico disponibilizado pelo Sebrae RJ a partir de dados do Ministério do Trabalho.
De acordo com o documento, o setor de serviços sofreu queda, que foi compensada com ligeiro avanço da indústria enquanto o comércio permaneceu praticamente parado.
O marasmo da economia da cidade do sul fluminense também encontra lastro na política adotada pela administração de Diogo Balieiro, que optou por um modelo assistencialista centrado na promoção pessoal do político através da concessão de pequenos favores, que desfavoreceram o desenvolvimento humano e profissional dos moradores, reféns das migalhas do prefeito. Essa dependência coincidiu com empobrecimento da população nos últimos anos e a abertura de diversos bolsões de pobreza, que podem atrapalhar Balieiro em emplacar Tande na corrida eleitoral desse ano.
Por outro lado, além do desemprego e da escalada da violência, Diogo também terá poucos argumentos para atrair os serviços concursados, que aguardavam 10% de aumento salarial retroativos a janeiro. Desarranjo econômico e financeiro que também deixa sem pouso o diretor da Santa Casa de Resende, Kaio Paiva, que se mudou recentemente para Itatiaia supostamente para disputar a eleição desse ano, já que Balieiro estaria de olho na arrecadação da cidade vizinha. O que acontece depois de o alcaide ter afundado Resende em uma dívida de R$ 311 milhões.
De olho nos 370 milhões de Itatiaia
Ao que tudo indica, Diogo Balieiro continua o modelo de distribuição de migalhas à população empobrecida, que se tornou dependente de um esquema criado pelo governante nos últimos anos para se promover politicamente em cima do sofrimento das pessoas, enquanto afundava o município em uma dívida de R$ 311 milhões. Porém, embora Balieiro tentasse, até então, emplacar o pouco expressivo Jayme Netto na eleição de Resende, a principal aposta do governante está na cidade vizinha de Itatiaia, onde o prefeito tenta emplacar o diretor da Santa Casa de Resende, Kaio Márcio Paiva, de olho na arrecadação de Itatiaia, estimada em quase R$ 370 milhões este ano.
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