Os pré-candidatos a prefeito de Resende Renan Marassi e Tande Vieira ensaiam os primeiros passos da corrida eleitoral deste ano com alguns possíveis calcanhares de Aquiles que podem atrapalhar um ou outro de cruzarem a linha de chegada à frente.
Esses possíveis empecilhos surgem dos subterrâneos do governo do atual prefeito, Diogo Balieiro, que trocou na última semana, como quem troca de roupa, o então pré-candidato a prefeito Jayme Neto, atual secretário de saúde e agora descartado da disputa, por Tande.
Isso porque a saída de cena de Jayme, supostamente a contragosto, expôs a declive da gestão de da representatividade de Balieiro. Isso porque Resende se encontra endividade em mais de R$ 311 milhões segundo dados do final se 2023 e com cerca de R$ 100 milhões em repasses de verba pública à Santa Casa encobertos do Portal da Transparência.
Esses números ajudam a explicar a estagnação econômica da cidade do sul fluminense nos últimos anos, com alto índice de desemprego, proliferação de bolsões de pobreza e violência. Bolha que também pode ter financiado a política populista de Diogo Balieiro, sedimentada na concessão de pequenos favores à população empobrecida com o custeio de terceirizações milionárias, obras de fachada e sem investimento em infraestrutura e desenvolvimento humano e profissional dos moradores.
O que Renan e Tande fizeram?
Essa estagnação de Resende, além de descortinar o que parece ser a verdadeira face de Diogo Balieiro, também pode jogar Renan Marassi e Tande Vieira no olho do furacão.
No caso de Renan, que até um passado recente era aliado de Balieiro e Tande, alguns questionamentos devem apertar o atual vereador durante a campanha: Por que ele ajudou a aprovar alguns dos empréstimos bancários milionários celebrados por Diogo? Por que não denunciou a obscuridão sobre o uso das verbas públicas à Santa Casa? O parlamentar tem ou já teve cargos comissionados no atual governo?
Pelo lado de Tande, cuja pré-candidatura deve carregar a marca de ter nascido pela suposta apunhalada pelas costas em Jayme por Diogo, o atual deputado estadual talvez encontre alguns questionamentos mais azedos pela frente: por que compactuou com a traição a Jayme? Por que vai deixar Resende e região sem a representação dele na Alerj? A eleição dele pra deputado foi de alguma forma ajudada pelo endividamento de Resende?
Jayme Neto traído por Diogo e Tande
Até o momento desta publicação e após ter sido trocado por Tande por decisão de Diogo Balieiro, a conta de Jayme Neto estava indisponível no Instagram. O que já provoca desgaste para a base de Diogo Balieiro, que andou com Jayme ” debaixo do braço” nos últimos meses e que, até há alguns dias, alardeava o nome do secretário de Saúde como pré-candidato a prefeito.
Abatido, Jayme publicou um vídeo nas redes sociais sugerindo que a saída dele para dar lugar a Tande foi em comum acordo com Balieiro, o que não convenceu.
Assista o vídeo.
No entanto, a troca de Jayme por Tande, aconteceu depois do lançamento da pré-candidatura de Marassi, que conseguiu reunir milhares de pessoas e lideranças politicas em um evento que aconteceu em uma noite de uma sexta-feira fria, sob uma tenda erguida em um terreno do bairro Campos Elíseos.
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