A Justiça Eleitoral, por uma determinação do juiz da 031 Zona Eleitoral, Hindenburg Brasil, determinou que um administrador de um grupo de Resende no Facebook removesse a publicação de uma enquete que supostamente poderia induzir os eleitores pela conotação de um resultado favorável ao deputado estadual Tande Vieira, pré-candidato a prefeito de Resende, embora o administrador aparentemente não tenha sido o idealizador da enquete.
Embora o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, não tivesse se manifestado contra a exclusão, o juiz determinou a exclusão e fixou multa diária de R$ 50 mil e R$ 100 mil, respectivamente ao administrador e ao Facebook.
Nos bastidores da política local circula o burburinho de que alguns influenciadores locais estaria coptados pelo grupo político liderado por Tande, mas não é possível afirmar se o administrador envolvido na publicação da enquete seja um desses suposto coptados.
“Tem administrador de grupo em Resende levando R$ 5 mil por mês pra puxar a sardinha da postagens para o lado do Tande. Quem fala mal é bloqueado e tem a postagem excluída”, informou uma internauta que pediu para ter a identidade preservada.
O que se pode concluir é que o resultado da enquete foi manipulado por uma enxurrada de votos favoráveis a Tande provenientes de asseclas do pré-candidato, cargos comissionados, CCs, da prefeitura e perfis fakes.
Isso porque mais de 90% dos votos conferidos ao político vieram de asseclas, cargos comissionados da prefeitura (CCs) e diversos perfis falsos, os chamados fakes.
O assunto já despertou a atenção dos observadores mais atentos, que atribuem a votação a uma manobra para tentar confundir o eleitorado de Resende e insuflar Tande, cujo nome surgiu de última hora após o que foi considerado por muitos uma apunhalada nas costas do secretário de Saúde Jayme Neto, anunciado nos últimos anos como o pré-candidato do grupo político liderado por Tande Vieira.
Porém, o desgaste em torno do nome de Tande não deve ser resolvido com enquetes manipuladas nas redes sociais. O que pode justificar a suposta articulação do deputado estadual com o ex-prefeito de Resende José Rechuan, de acordo com fontes dos bastidores da política local.
Caso o andamento das negociações se confirme, há chances de Tande e Rechuan dividirem o palanque nos próximos anos, quiçá na corrida eleitoral desse ano.
Isso porque Tande estaria em busca de independência política e Rechuan, que estaria mandando de desmandando no governo do prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, trabalha para ampliar seu território, de olho em uma possível candidatura de deputado federal em 2026.
Lobby de Kiko Besouchet
Em Itatiaia, as supostas negociações entre Rechuan e Tande estariam sendo intermediadas pelo ex-vereador de Resende Kiko Besouchet, que responde a um processo criminal por supostamente ter integrado uma quadrilha que fraudava contratos públicos na Câmara de Resende.
Caso as negociações avancem, Kaio Márcio Paiva, morador de Resende que se mudou recentemente para Itatiaia com objetivo de disputar a eleição majoritária desse ano, que também já andou fraudando uma enquete em Itatiaia, pode ser vice na chapa do prefeito Irineu Coelho, segundo o que se comenta nos bastidores da política local.