Justiça determina que prefeito de São Gonçalo seja conduzido coercitivamente para participar de audiência

Decisão do desembargador Nagib Slaibi cita descumprimento decisões judiciais reiteradas vezes. Em nota Prefeitura diz que recebeu notícia com surpresa e “jamais irá se furtar de cumprir quaisquer decisões judiciais transitadas em julgado”

O desembargador Nagib Slaibi determinou, nesta quarta-feira, que o prefeito de São Gonçalo, Nelson Ruas dos Santos, o Capitão Nelson (PL), seja conduzido coercitivamente ao Tribunal de Justiça do Rio no próximo dia 28 de agosto, para participar de audiência na 3ª Câmara de Direito Público.

A decisão foi tomada, segundo informou o TJRJ, devido ao fato de o prefeito ter descumprido decisões judiciais reiteradas vezes e de “aparente ocorrência de tipos penais como desobediência, além de possível violação aos preceitos constitucionais da Separação dos Poderes e da possibilidade de cometimento de crime de responsabilidade”.

Capitão Nelson foi condenado a implementar imediatamente o adicional por desempenho funcional a um guarda municipal, benefício já recebido pelos demais servidores da área, mas não cumpriu as diversas notificações judiciais emitidas nesse sentido. Atualmente, o valor devido é de R$27.758,48. Na decisão, o desembargador determinou ainda o bloqueio on-line do valor nas contas pessoais do prefeito.

Em nota, a prefeitura de São Gonçalo informou ter recebido “com surpresa’ a decisão do Tribunal de Justiça em relação ao processo, tendo em vista que o prefeito nunca foi intimado para comparecimento ao tribunal, sendo desnecessária a medida imposta. Também destacou que jamais irá se furtar de cumprir quaisquer decisões judiciais transitadas em julgado e que prestará todos os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

A Prefeitura lembra que trata-se de um processo de 2015, que garante que a decisão está sendo cumprida sim, e informa que tomará as medidas para esclarecimentos dos fatos em juízo.

A atual gestão municipal reitera que jamais irá se furtar de cumprir quaisquer decisões judiciais transitadas em julgado e que prestará todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.

Fonte: O Globo