A poucos meses do final de seu mandato, o prefeito de Resende, Diogo Balieiro, parece ainda não ter assimilado que o regime democrático se caracteriza pela alternância de poder, pela contribuição de todos para uma sociedade melhor. Contribuição essa que o alcaide teve a oportunidade de conhecer durante oito anos, e que está prestes a acabar.
Isso porque o prefeito de Resende parece insistir em se perpetuar no poder através de outros candidatos na região das Agulhas Negras, segundo os conhecedores da política local. Porém, há quem diga que alguns nomes de candidatos de cidades da região das Agulhas Negras já estão procurando outro grupo político para chamarem de seu e devem dar uma “banana” muito em breve para Balieiro, que recentemente apunhalou Jayme Neto pelas costas, já que o secretário de Saúde de Resende posou como pré-candidato de Balieiro nos últimos anos e acabou jogado de lado do dia pra noite até cair no esquecimento.
Recentemente o quase ex-prefeito Diogo Balieiro também atacou um adversário tentando renegar diversas emendas parlamentares consquistas ou apresentadas pelo opositor de Balieiro à Santa Casa de Resende, bola fora que acabou desmentida pelo grande acervo de vídeos endossando as conquistas do oponente do prefeito.
Para piorar, Diogo Balieiro também teria se arvorado sobre a arrecadação de Itatiaia e teria, inclusive, se metido em um suposto esquema de manipulação de pesquisa eleitoral do município.
Porém, a maior derrota do alcaide talvez não seja para as urnas, até porque ele não é candidato, e sim para ele mesmo. Isso porque provavelmente nenhum prefeito eleito deve se prestar a ser capacho do projeto de poder durante quatro anos de Balieiro.
Enquanto saracoteia por cidades do sul fluminense, Diogo, que afundou Resende na maior dívida de sua história, R$ 314,7 milhões, e promoveu o populismo através da distribuição de migalhas à população empobrecida, Diogo Balieiro deixa para trás uma Resende decadente, repleta de obras paradas, que foram das promessas ao engodo, além de bolsões de pobreza, desemprego e violência. Problemas, oriundos, em boa medida pela falta de uma política desenvolvimentista que privilegiasse o desenvolvimento das pessoas.
Supostamente usando o grupo Bom Dia Resende como braço de marketing digital segundo denúncia feita ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, Diogo Balieiro conseguiu surfar em uma onda populista baseada na concessão de migalhas, enquanto a cidade se afundava em dívida.
Porém, os empobrecidos cidadãos resendenses dos últimos anos pelo desemprego e endividamento da cidade que não estão dentro da “gaiola de Diogo Balieiro” sofrem por causa do favorecimento dos que são forçados a comerem, e se contentarem, com as migalhas do alcaide. Foi o que ocorreu recentemente com uma moradora da cidade vizinha de Porto Real, que buscou atendimento no Hospital de Emergência de Resende, onde não havia médico para a retirada de um corpo estranho que havia caído no olho dela. Porém, a mesma afirma ter conseguido atendimento através do contato direto do prefeito, Diogo Balieiro, que é oftalmologista.
“Está ai a prova, não sou moradora de Resende e ainda fui atendida pelo prefeito da cidade”, disse a moradora.