O prefeito de Resende, Diogo Balieiro, estaria peitando a Justiça Eleitoral ao transformar o prgrama Minha Casa Minha Vida, do governo federal, para tirar vantagem eleitoral para os candidatos do grupo político dele, segundo uma denúncia feita na semana passada.
Embora o alcaide não tenha movido uma palha sequer para a Habitação, Balieiro, que gosta de um “show pirotécnico” para se promover nas redes sociais, teria promovido inscrições no Espaço Z, no Centro da cidade, para atrair famílias carentes que sonham com um dos 384 apartamentos anunciados na semana passada pelo governo federal, que nada tem a ver com o corpo mole de Diogo Balieiro para esse setor, desde que que assumiu, em 2017.
Dona Maria Adelaide, moradora da região da Grande Alegria, disse que compareceu ao local na esperança de que, finalmente seria chamada, já que a dona de casa tem uma inscrição antiga na prefeitura.
“Isso é golpe, querem passar melado na boca da gente agora que tá chegando a eleição. O doutor Diogo só fez obra de fachada nesses anos todo, não levantou uma lajota nesses anos todo e agora quer enganar a gente na base da enganação”, desabafou a dona de casa.
Segundo uma denúncia feita ao GAECO e ao MP Eleitoral, a chamada da prefeitura de famílias para inscrição das unidades e´ “um esquema de compra votos descarado, podre, sujo, ilegal e covarde na medida que explora o sonho da casa própria das famílias para compra de votos velada”.
A denúncia relacionada à suposta trapaça eleitoral também é vista por muito como covardia do político porque a cidade possui diversos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) capazes de absorver 100% da demanda de inscrições. Isso, caso Diogo Balieiro não quisesse, segunda a denúncia, usar as inscrições como “artifício para arrebanhar pessoas, com conversas de pé de ouvido”.
Resende falida e afundada em contratos superfaturados
O desespero das famílias, que Diogo Balieiro parece explorar eleitoralmente, reflete a pobreza que tomou conta do município nos últimos anos. Nesse tempo, o prefeito promoveu uma política populista, de promoção pessoal nas redes sociais, voltada à concessão de pequenos favores, migalhas. Enquanto isso, ele cruzava os braços para o desenvolvimento da cidade, para geração de emprego e renda, atração de novas empresas e desenvolvimento humano e profissional das pessoas. Porém, a conta chegou e Resende amarga mais de R$ 314,7 milhões em dívidas contraídas pelo governo de Diogo, o maior rombo da história da cidade do sul fluminense.
Enquanto deixou de lado o desenvolvimento econômico, as políticas de geração de emprego e renda para dar lugar a um modelo assistencialista pela distribuição de migalhas à população empobrecida, o governo de Diogo Balieiro celebrou, por exemplo, um contrato de serviços de gestão informatizada com a empresa Custom ao valor de mais de R$ 4 milhões ao ano, montante que, se comparado aos preços praticados junto a outras prefeituras pelos mesmos serviços, chega a estar 10.000% mais salgado.
Para se ter uma ideia da estagnação econômica de Resende nos últimos anos, dados divulgados no final de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a cidade do sul fluminense possui cerca de 43,5 mil empregos formais, 32,9% de uma população de 129,6 mil pessoas apuradas em 2021. Ano em que a pesquisa identificou 32,4% de pessoas vivendo com meio salário mínimo, ou menos, por mês. Essa maioria engloba desempregados, população em situação de pobreza e os que ainda não estão no mercado de trabalho, entre outras categorias.
A cidade do sul fluminense possui uma posição tímida no comparativo com os outros 91 municípios do estado do Rio de Janeiro, já que Resende é apenas a 25ª colocada em empregabilidade, a terceira entre os quatro municípios da região das Agulhas Negras, e a 233ª do Brasil.
A partir de dados do IBGE, o portal Caravela identificou que Resende é uma cidade que pode ser considerada estagnada quando o assunto é a geração de novos empregos. Em 2023, o número de contratações e de demissões foram quase os mesmos, 13,9 mil admissões de 13,5 mil demissões, saldo de apenas 455 novos postos de trabalho durante todo o ano. O que coloca Resende entre as piores cidades no ranking estadual e nacional.
Dados de um relatório recente divulgado pelo Sebrae-RJ com base em dados oficiais da Receita Federal e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também apontam que o número de novas empresas ativas em Resende caiu a níveis de 2014. Esse encolhimento atinge em até 85% alguns setores da cidade do sul fluminense, cuja dívida de R$ 314,7 milhões representa o maior rombo da história enquanto a cidade se encontra mergulhada na pobreza e contratos supostamente superfaturados.
Moradores empobrecidos, cercados e reféns das migalhas do prefeito
Carente de políticas públicas sociais e abertura de novos postos de trabalho nos últimos anos, boa parcela dos moradores de Resende estão cercados pela violência, perdendo seus jovens para organizações criminosas, não conseguem andar com suas próprias pernas e se tornaram presas fáceis do que parece ser uma política assistencialista implantada pelo governo do prefeito Diogo Balieiro, que em muito favoreceu o empobrecimento da cidade.
Pedintes de Diogo Balieiro
Supostamente usando o grupo Bom Dia Resende como braço de marketing digital segundo denúncia feita ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, Diogo Balieiro, Tande e companhia conseguiram surfar em uma onda populista baseada na concessão de migalhas, enquanto a cidade se afundava em dívida.
Porém, os empobrecidos cidadãos resendenses dos últimos anos pelo desemprego e endividamento da cidade que não estão dentro da “gaiola de Diogo Balieiro” sofrem por causa do favorecimento dos que são forçados a comerem, e se contentarem, com as migalhas do alcaide. Foi o que ocorreu recentemente com uma moradora da cidade vizinha de Porto Real, que buscou atendimento no Hospital de Emergência de Resende, onde não havia médico para a retirada de um corpo estranho que havia caído no olho dela. Porém, a mesma afirma ter conseguido atendimento através do contato direto do prefeito, Diogo Balieiro, que é oftalmologista.