A pouco mais de quatro meses do fim do mandato do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, os servidores municipais não querem nem saber do político que já é considerado um dos piores da história do município do sul fluminense quando se fala em servidores concursados, que amargam cerca de 50% de perda salarial na gestão de Balieiro.
Esse ano o prefeito deu uma apunhada nas costas dos servidores em vez dos 10% prometidos em 2022, quando o alcaide iniciou um escalonamento de reajuste salarial.
Antes disso, em 2019, o governo de Diogo Balieiro chegou a conceder míseros 3% de reajuste, que acabaram não chegando ao bolso dos servidores na prática porque este foi o mesmo percentual aumentado na contribuição previdenciária, o Resenprevi.
Dinheiro para honrar o compromisso junto aos servidores não faltou. Para se ter uma ideia, de 2022 para 2024 a receita estimada de Resende subiu quase 50%, passando de R$ 666 milhões para R$ 1 bilhão esse ano.
Em janeiro desse ano, Diogo Balieiro sancionou um aumento salarial aos vereadores, que passarão a receber R$ 15,6 mil em 2025. Em dezembro de 2023, no entanto, Diogo Balieiro deu uma banana para os servidores da Educação em vez do abono-Fundeb reivindicado pela categoria, um montante de R$ 4 milhões fruto de um excedente de arrecadação que passou longe do bolso dos servidores.
Farra dos CCs nas igrejas
Enquanto chicoteou os servidores concursados, o prefeito de Resende inchou a máquina pública municipal de cargos comissionados, os CCs. Muitos deles usados como moeda de troca com líderes religiosos, inclusive sendo ocultados do portal da transparência segundo uma denúncia feita ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ.
De acordo com outra denúncia feita ao MP, uma pastora supostamente contemplada pelo balcão de negócios dos CCs de Balieiro foi flagrada em campanha antecipada dentro de um templo da Igreja Universal.