O Ipec deve divulgar esta semana mais uma pesquisa de intenção de votos para prefeito de Resende, que estaria polarizada entre os candidatos Renan Marassi e Tande Vieira. O novos números, no entanto, podem confundir ainda mais os eleitores da cidade do sul fluminense em razão de uma enxurrada de levantamentos realizados antes do Ipec, que apontaram distorções que chegaram a 100% em relação a Tande, pivô de denúncias de manipulação.
“Não dá mais pra acreditar em pesquisa aqui em Resende, porque tem resultado mostrando que tá empatado, daí os parentes do Tande contratam uma pesquisa pra mostrar que ele tá na frente. Parece coisa arranjada, pra tentar enganar o povo”, desabafou uma eleitora da Cidade Alegria, que pediu para não ser identificada.
A moradora se referia à contratação do instituto Prefab por parentes de Tande, que acabaram denunciados ao Ministério Público Eleitoral, MPE. Nesse caso, a Justiça Eleitoral acabou determinando que Tande suspendesse a divulgação do Prefab, que também foi descontratado em Búzios por suspeita de manipulação e barrado pela Justiça Eleitoral do Paraná.
Outro instituto alvo de polêmica nas últimas semanas foi o Gerp, de Niterói, que teria direcionado as perguntas para cacifar o prefeito de Resende, Diogo Balieiro, patrono da candidatura de Tande e de Kaio Márcio, em Itatiaia. No caso de Kaio, o candidato foi citado em outra denúncia ao MPE após o Gerp ter sido flagrado entrevistando apoiadores dele e, depois disso, apresentar um resultado com índice de distorção de quase 90% sobre o candidato. Porém, outros institutos também deram motivos para desconfiança dos eleitores de Resende e Itatiaia.