Resende e Itatiaia: Kaio e Tande se queimam pela covardia de Diogo com os produtores rurais

Afeito a se escorar na imagem, e até no nome, do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, o candidato a prefeito de Itatiaia Kaio Márcio passou por uma saia justa recentemente por um produtor rural originário de Visconde de Mauá, distrito de Resende que se localiza no entroncamento com Itatiaia e Bocaina de Minas (MG).

“Eu vim aqui pra fazer uma pergunta para o Kaio, mas infelizmente não dá pra fazer só pro Kaio: tem que fazer para o Kaio do Diogo Balieiro… Tudo que você falou aí, todo produtor quer escutar… Só que infelizmente onde vocês deveriam fazer tarefa de casa, não aconteceu nada… Hoje as máquinas que fazem a conservação das estradas rurais de Resende estão um caos… As máquinas paradas, ninguém trabalha… Nós estamos há seis anos e meio, um caos na área rural de Resende… (Diogo) colocou um cara que perseguiu os produtores… Hoje na secretaria de Resende só tem sucata, não atende nenhum produtor grade, nenhuma roçadeira… São deveres de casa que vocês deveriam ter no município de Resende com exemplo para levar para Itatiaia… Então, não tem como não falar isso pra você Kaio, porque seu nome tá vinculado ao nome do Diogo, que foi a pior gestão de todos os tempos para os produtores rurais”, desabafou.

Assista o vídeo na íntegra.

Resende atolada

Recentemente, produtores rurais da área rural de Resende conhecida como Boca do Leão usaram as redes sociais para tentar chamar a atenção do poder público local para as péssimas condições da estrada vicinal de acesso ao local. O que resultou no atolamento de um caminhão utilizado por eles na tentativa de tentar fazer o que a gestão do prefeito Diogo Balieiro não faz: melhorar as condições da estrada.

O drama dos produtores rurais, que também deixou Kaio sem rumo em Itatiaia, resvala em Resende no candidato a prefeito Tande Vieira. Porém, esse é apenas um dos problemas de Resende, que está falida, sitiada por desemprego, bolsões de pobreza e violência, entre diversos outros problemas crônicos que revelam a situação caótica da cidade.

Para se ter uma ideia da estagnação econômica de Resende nos últimos anos, dados divulgados no final de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a cidade do sul fluminense possui cerca de 43,5 mil empregos formais, 32,9% de uma população de 129,6 mil pessoas apuradas em 2021. Ano em que a pesquisa identificou 32,4% de pessoas vivendo com meio salário mínimo, ou menos, por mês. Essa maioria engloba desempregados, população em situação de pobreza e os que ainda não estão no mercado de trabalho, entre outras categorias.

Outro dado preocupante vem do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) apontando que entre janeiro de 2022 e maio de 2023 o índice de letalidade violenta em Resende aumentou 58,8%. Esse percentual ajuda a explicar por que o município do sul fluminense foi um destaque negativo no Anuário Brasileiro de Segurança Publica 2023, levantamento que apontou que o município tem a maior taxa de mortes violentas intencionais da região: 39,8 por 100 mil habitantes enquanto a média nacional é de 22,3 por grupo de 100 mil.

Tande, Kaio e as migalhas de Diogo

Focada na distribuição de migalhas para a população empobrecida como forma de promover a imagem do prefeito nas redes sociais com ajuda dos asseclas do alcaide, em sua maioria pagos com o dinheiro público, a pujante classe média dos tempos áureos de Resende, quem diria, deu lugar a uma maioria de “depenados”. Pelo menos é isso que dizem os observadores mais atentos da política local, que acompanharam de perto o enfraquecimento da economia do município nos últimos anos, em boa parte pelo que parece ter sido uma estratégia de Balieiro em criar uma legião de “depenados e dependentes”, por causa do empobrecimento que atinge em cheio a cidade do sul fluminense.

Recentemente Resende alcançou uma dívida corrente líquida de R$ 314,7 milhões, que já é considerada o maior rombo financeiro da cidade do sul fluminense segundo dados da própria prefeitura. Porém, Diogo Balieiro ainda não explicou o que andou fazendo com o dinheiro do povo para falir Resende, muito menos esclareceu por que ele está de olho nos R$ 370 milhões de Itatiaia.