O prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, teria enviado “lobistas” esta semana para conversas de pé de ouvido com vereadores a fim de empurrar goela abaixo cerca de R$ 16 milhões em projetos de verba suplementar. Empreitada que não teria logrado êxito, segundo fontes da Câmara Municipal.

Apesar disso, o alcaide ingressou com o projeto 730/2024 pedindo mais de R$ 2 milhões em crédito suplementar ao justificar que a bagatela será usado em gastos com energia elétrica. Nesse caso, o político teria ameaçado ir paras as redes sociais para tentar jogar a população contra os parlamentares, em caso de não aprovação, de acordo com os bastidores da política local.

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Em maio desse ano, médicos do Hospital Municipal entraram em greve pelo não recebimento de salários, pagos através de RPA. Na época, o prefeito tentou jogar a população contra os vereadores ao condicionador o pagamento à aprovação de verbas suplementares. Embate que voltou a acontecer com outros pedidos de verba extra pelo alcaide, que não explicou exatamente como seria usado o dinheiro. Esses projetos de pedido de verba extra seriam parte de um esquema de contratações emergenciais que seriam usadas em um esquema de caixa 2 comandado pelo ex-prefeito de Resende José Rechuan, segundo denúncias feitas ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ.

Além dos R$ 16 milhões barrados pela Câmara e dos R$ 2 milhões para energia elétrica, Irineu teve aprovado recentemente mais de R$ 6,8 milhões para serem injetados em vários contratos de terceirização.

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No final de agosto, Irineu suspendeu uma licitação de locação de câmeras após denúncias feitas ao MP de que o certame estava direcionamento a uma empresa ligada à Diego Gomes, chefe de gabinete de Irineu e morador de Porto Real.