Cidade do sul fluminense acumula R$ 317,7 milhões em dívidas, obras paradas, desemprego, estagnação econômica, bolsões de pobre, violência e migalhas de Balieiro aos pedintes
Apresentado como carro-chefe da campanha eleitoral em Resende em 2020, quando o prefeito Diogo Balieiro disputava a reeleição, o prometido “hospital do câncer” está muito longe de ser inaugurado, já que a terceirizada Fire Works estaria falida e muito distante de entregar a obra concluída, apesar de a unidade já ter consumido R$ 40 milhões em recursos públicos e não contar com verba do SUS custear a unidade de saúde depois da conclusão, se é que a unidade vai funcionar na forma que foi prometida.
Porém, o hospital do câncer não é caso isolado e se soma a dezenas de obras paralisadas ou que sequer saíram do papel, apesar de o município contar com uma receita estimada de R$ 1 bilhão por ano. Arrecadação que, com os valores corrigidos, equivale a R$ 8 bilhões em 8 anos. Uma fortuna que contrasta com a falta de grandes realizações que não tenham sido pinturas de fachada, contratos de terceirização que colocaram a sistema de saúde nas mãos de empresas terceirizadas e sem sustentabilidade, desemprego, pobreza, violência e a proliferação de bolsões de pobreza.
Resende pobre, endividada e violenta
Carente de políticas públicas sociais e abertura de novos postos de trabalho nos últimos anos, boa parcela dos moradores de Resende estão cercados pela violência, perdendo seus jovens para organizações criminosas, não conseguem andar com suas próprias pernas e se tornaram presas fáceis do que parece ser uma política assistencialista implantada pelo governo do prefeito Diogo Balieiro, que em muito favoreceu o empobrecimento da cidade.
Supostamente usando o grupo Bom Dia Resende como braço de marketing digital segundo denúncia feita ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, Diogo Balieiro, Tande e companhia conseguiram surfar em uma onda populista baseada na concessão de migalhas, enquanto a cidade se afundava em dívida, que já alcançou R$ 314,7 milhões, o maior rombo da história do município.
Porém, os empobrecidos cidadãos resendenses dos últimos anos pelo desemprego e endividamento da cidade que não estão dentro da “gaiola de Diogo Balieiro” sofrem por causa do favorecimento dos que são forçados a comerem, e se contentarem, com as migalhas do alcaide. Foi o que ocorreu recentemente com uma moradora da cidade vizinha de Porto Real, que buscou atendimento no Hospital de Emergência de Resende, onde não havia médico para a retirada de um corpo estranho que havia caído no olho dela. Porém, a mesma afirma ter conseguido atendimento através do contato direto do prefeito, Diogo Balieiro, que é oftalmologista.
Enquanto Resende enfrenta uma crise profunda com dívidas, obras paradas e escândalos de corrupção, Diogo Balieiro entrega santinhos de Tande e do candidato Kaio, em Itatiaia, onde ele está de olho nos R$ 370 milhões da cidade vizinha.