Fraude, favorecimento e superfaturamento marcam a ascensão da Custom em Resende e Itatiaia: Fake ou fato?

Nos últimos meses, a empresa de informática Custom tem se tornado o epicentro de uma série de escândalos e suspeitas de favorecimento nas cidades de Resende e Itatiaia. Investigações e denúncias revelam um padrão de irregularidades e superfaturamento envolvendo contratos públicos, levantando questões sobre suposta corrupção e propina. Isso é fake ou fato?

Superfaturamento e Contratos Suspeitos

Um dos casos mais alarmantes envolve o pagamento exorbitante feito por Resende à Custom. Em uma transação notável do governo do prefeito Diogo Balieiro, a cidade pagou R$ 4 milhões por serviços que, de acordo com estimativas, poderiam custar apenas R$ 40 mil em caso de fracionamento dos serviços para diversas empresas. Isso é fake ou fato?

Em Itatiaia, a situação não é diferente. Documentos revelaram que a cidade negou impugnações que apontavam irregularidades e direcionamento em uma licitação vencida pela Custom. De acordo com uma denúncia feita no começo do ano passado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, um esquema de fraude em licitação mediante propina começou a ser arquitetado no primeiro escalão do governo de Irineu em setembro de 2022. O objetivo da suposta fraude seria favorecer a vitória da Custom no pregão 027/2023, realizado em março, já que o contrato da empresa de informática iniciado em 2018 se encontrava perto do fim. O certame foi suspenso pelo Tribunal de Contas, mas a Custom continua recebendo sem licitação. Isso é fake ou fato?

Recebimentos sem Licitação
No final de junho, a Custom acumulou R$ 1,4 milhão em recebimentos sem licitação. Essa prática, que contraria as normas legais, foi acompanhada por denúncias de propina e falta de transparência. Isso é fato ou fake? ITBI Em Itatiaia, sob a gestão informatizada da Custom, também estaria o Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis, o ITBI, objeto de manipulação de uma suposta quadrilha desmantelada pelo MP em setembro do ano passado, formada por servidores para fraudar o imposto e receber diretamente dos contribuintes. Isso é fake ou fato?

A realidade dos moradores dos bairros de Resende contrasta drasticamente com a opulência e o favorecimento que se perpetuam nas esferas do poder local. Enquanto a cidade enfrenta uma crise de pobreza e violência, a administração do prefeito Diogo Balieiro é marcada favorecimentos a parentes e amigos. Isso é fake ou fato?

Pobreza e Abandono

Os bairros periféricos de Resende estão mergulhados em uma profunda crise social. A população mais vulnerável vive em condições precárias, com serviços públicos em colapso e infraestrutura deteriorada. As imagens de ruas esburacadas e residências em estado de abandono são o reflexo da negligência das autoridades municipais. Enquanto isso, os moradores recebem apenas migalhas em termos de assistência e investimentos, agravando ainda mais a situação de pobreza e violência. O centro da cidade, por exemplo, está tomado por moradores em situação de rua e usuários de drogas. Na periferia, famílias perdem seus jovens para organizações criminosas, em boa parte pela ausência de políticas públicas da administração municipal.

Endividamento Municipal

A situação financeira da cidade é alarmante. Resende atingiu uma dívida colossal de R$ 322,9 milhões, o maior rombo em sua história. Este endividamento resulta não apenas da má gestão e de investimentos mal planejados, mas também de contratos supostamente superfaturados, como o da empresa de informática Custom e a obra de contrução da Espaço Girassóis. Isso é fake ou fato?

Favorecimento

No epicentro dos problemas financeiros e sociais está o prefeito Diogo Balieiro, cuja administração tem sido marcada pela concessão de migalhas à uma população empobrecida, que foi seriamente atingida nos últimos anos pelo desemprego e a estagnação econômica da cidade do sul fluminense enquanto o político se favoreceu em cima da fragilidade das pessoas. Em contrapartida, enquanto bairros como os da região das Barras agonizam, o prefeito desapropriou um terreno pertencente a parentes dele, uma área de quase 34 mil metros quadrados de uma propriedade rural pertencente a Luís Carlos Diniz Tenório e Márcio Antônio Diniz Tenório, supostamente da mesma família Diniz, para construção de uma ponte custeada com verbas do governo federal. Isso é fake ou fato?

Recentemente, a empresa de terceirização Manurb Serviços ingressou com um mandado de segurança contra a prefeitura de Resende por suposto descumprimento de duas decisões judiciais pelo governo do prefeito Diogo Balieiro. Segundo a Manurb, o alcaide estaria peitando a Justiça para favorecer a empresa M.G.F Sul Construtora e Serviços LTDA, também de Resende, ligada ao ex-vereador e ex-vice-prefeito Paulo Cardoso. Isso porque a Manub venceu uma licitação no ano passado para serviços de limpeza com um preço R$ 300 mil mais barato que o da M.G.F, mas acabou desclassificada injustamente segundo entendimento da Justiça e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ. Mesmo assim, sustenta a Manurb, o governo de Balieiro teimou em levar adiante a contratação da M.G.F.A desapropriação de terrenos para construção de grandes projetos tem sido uma constante, mas as investigações apontam que muitas dessas transações beneficiam diretamente parentes do prefeito. Além disso, empresas associadas a ex-vereadores e amigos de Balieiro receberam contratos com preços muito acima da média, como evidenciado em uma denúncia recente onde um contrato para uma obra foi realizado por R$ 300 mil a mais do que o valor apresentado por uma concorrente. Isso é fake ou fato?

Obras paradas

Recentemente, a praça Oliveira Botelho, no Centro de Resende, se tornou um caos com as obras abandonadas. Situação ainda pior em dias de chuva. Porém, em 2022, quando o prefeito da cidade do sul fluminense, Diogo Balieiro, queria eleger o então candidato a deputado estadual Tande Vieira, a praça viveu seus “quinze minutos” de fama pelas falsas promessas do alcaide, que, ao lado do governador Cláudio Castro, então pré-candidato à reeleição, ludibriaram o povo com promessas de mais de R$ 100 milhões em obras que se transformaram em engodos. Outro exemplo é a pavimentação da estrada que liga Resende a São José do Barreiro (SP), paralisada por determinação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, TCERJ. Isso é fake ou fato?

A poucos metros da obra paralisada da praça Oliveira Botelho, moradores em situação de rua transformam em abrigo a marquise do Cine Vitória, local que um dia foi o coração da cultura da cidade e que hoje está ameaçado por Diogo e Tande pela fixação da Guarda Municipal. Isso é fake ou fato?

A combinação de pobreza extrema, endividamento municipal, desemprego e violência criou um ambiente de desespero e frustração entre os residentes de Resende. Para se ter uma ideia da estagnação econômica de Resende nos últimos anos, dados divulgados no final de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a cidade do sul fluminense possui cerca de 43,5 mil empregos formais, 32,9% de uma população de 129,6 mil pessoas apuradas em 2021. Ano em que a pesquisa identificou 32,4% de pessoas vivendo com meio salário mínimo, ou menos, por mês. Essa maioria engloba desempregados, população em situação de pobreza e os que ainda não estão no mercado de trabalho, entre outras categorias. Isso é fato ou fake? Moradores empobrecidos, cercados e reféns das migalhas do prefeito Carente de políticas públicas sociais e abertura de novos postos de trabalho nos últimos anos, boa parcela dos moradores de Resende estão cercados pela violência, perdendo seus jovens para organizações criminosas, não conseguem andar com suas próprias pernas e se tornaram presas fáceis do que parece ser uma política assistencialista implantada pelo governo do prefeito Diogo Balieiro, que em muito favoreceu o empobrecimento da cidade. Isso é fake ou fato?