O prefeito de Resende, Diogo Balieiro, e os respectivos candidatos dele Tande Vieira (Resende) e Kaio Márcio (Itatiaia) continuam sem dar explicações à sociedade local sobre as iniciativas tomadas pelo ex-secretário de Saúde de Resende Daniel Brito em 2016, que resultaram no salvamento da Santa Casa. O assunto veio à tona esta semana e desmentiu a versão do trio, já que o resgate da unidade de saúde começou no governo de um adversário deles, o ex-prefeito José Rechuan.
Os questionamentos sobre Diogo, Tande e Kaio também se intensificaram no final de semana, quando a prefeitura de Resende divulgou um novo balanço contábil apontando que o governo de Diogo Balieiro é o responsável pelo maior rombo financeiro da história de Resende, R$ 322,9 milhões que representam 35% da receita corrente líquida do município.
Além disso, Tande se queimou com as mulheres por declarações consideradas machistas contra uma adversária dele, a ex-deputada Ana Paula Rechuan, esposa de José Rechuan e vice na chapa de Renan Marassi, adversário de Tande.
A respeito da atuação de Daniel Brito, que veio a falecer em agosto de 2022, uma reportagem de 2016 resgatada esta semana mostrou que a atuação do ex-secretário salvou a Santa Casa a partir de janeiro daquele ano com um aporte de R$ 126 mil para cobrir o deficit da unidade de saúde. Na ocasião, Britto revelou que laboratório passou de 2 mil para 22 mil exames, e a Santa Casa iniciou a realização de exames de endoscopia e colonoscopia.
Porém, outros apoios financeiros de peso à Santa Casa ocultados por Diogo, Tande e Kaio também pegou mal para os políticos. Entre eles o da montadora Man Latin America, que fez diversas doações robustas de material, mobília e equipamentos, que chegaram a R$ 635,5 mil, para reformas e reestruturação da unidade de saúde.
Sobre o caos financeiro de Resende, o assunto anda preocupando Itatiaia enquanto Diogo Balieiro tenta insuflar Kaio Márcio, que não se pronunciou sobre os estimados R$ 100 milhões de verba pública à Santa Casa de Resende sem detalhamento no portal da transparência. Montante gerenciado parcialmente por ele quando ocupou a direção da unidade de saúde.
As falas machistas contra a Dra. Ana Paula se deram porque Tande insinuou que a ex-deputada não seria capaz de gerenciar a secretaria de Saúde, ocupada por ele inclusive, e que a adversária seria um pau mandado do marido no comando da pasta. O assunto gerou revolta entre as mulheres e a reação da Dra. Ana Paula nas redes sociais.
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