O prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), teve as contas de 2022 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), na tarde desta quarta-feira (23), por unanimidade. O documento será enviado à Câmara Municipal, onde receberá o parecer final.
Na sessão desta quarta, as contas receberam parecer prévio contrário à aprovação. O acórdão unânime foi proferido com base em relatório de autoria do conselheiro Márcio Pacheco. Foi detectada uma irregularidade e sete impropriedades. O TCE emitiu oito determinações e duas recomendações.
O exercício terminou com atraso no Acordo de Parcelamentos ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). A defesa do prefeito alegou que a dívida previdenciária teria sido herdada de gestões anteriores e que o Ministério da Previdência, que é o credor, aceitou reparcelar a dívida.
Série de adiamentos
O julgamento foi interrompido em 17 de julho, quando o relator do caso, conselheiro Márcio Pacheco, determinou que o processo fosse submetido à diligência interna. Ele determinou a medida após a defesa de Waguinho anexar novos documentos aos autos.
Em 10 de julho, Márcio Pacheco, já havia pedido o adiamento após a advogada de Waguinho anexar os novos documentos. Primeiro, Pacheco solicitou o prazo de uma semana para analisar o material. Depois, decidiu pela diligência interna.
O julgamento havia começado em março e, embora a defesa de Waguinho tenha alegado que as parcelas em atraso foram pagas posteriormente, a conselheira Marianna Montebello emitiu voto contrário.
Márcio Pacheco chegou a apresentar parecer contra inicialmente, mas voltou atrás depois que Domingos Brazão fez defesa pela aprovação das contas de Waguinho e pediu vista para ter mais prazo de análise.
Onze dias depois, Brazão foi preso acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Posteriormente, Pacheco novamente retirou seu voto.
Fonte: Tempo Real RJ