A empresa A & S Agenciamento Turístico Ltda, que teve uma ata de registro de preços de R$ 2,3 milhões aderida em agosto pela prefeitura de Resende para fretamento de um micro-ônibus, 380% acima do valor de mercado e que supostamente é um empresa de fachada, segundo denúncia feita ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, não está sozinha no local informado como sede da empresa, uma loja no Centro Empresarial do Bairro Campos Elíseos.
Isso porque o mesmo local da empresa contratada pela gestão do prefeito Diogo Balieiro é a sede de uma concorrente da A & S. É isso que consta nos dados oficiais da Receita Federal, referente à empresa Valemar Transportes, fundada em 2023 no mesmo endereço da A & S.
Pelo que consta nos registros da Receita, as duas empresas com CNPJ distintos no mesmo ramo de atividade possuem os mesmos telefones e e-mail de contato, no local em que supostamente é um loja de roupas.
O silêncio de Sandro Ritton
O presidente da Câmara de Resende, Sandro Ritton, ainda não se pronunciou sobre o caso após supostamente esbravejar sobre a inexistência da ata de registro de preço de R$ 2,3 milhões da A & S (380/2024).
Sandro Ritton, ao que tudo indica, também parece não enxergar que Diogo Balieiro afundou Resende no maior rombo financeiro da história do município, R$ 322,9 milhões relatados no final de setembro, 35% da receita corrente líquida. Endividamento que possivelmente contou com a ajuda de Ritton, pelos contratos milionários que ele parece achar que são fake news e os diversos empréstimos bancários solicitados pelo prefeito, os quais ele ajudou a aprovar.
De acordo com informações oficiais do portal da transparência, aparentemente ignorado pelo vereador desinformado, a adesão de ata 380/2024, de agosto desse ano, está ligada ao vereador e vice-prefeito eleito Davi do Esporte. Isso porque, o possível fretamento de até 80.000 quilômetros a R$ 2.312.600 de um micro-ônibus está ligado à secretaria de Esportes (Semel), comandada nos últimos anos por Davi.