Em junho desse ano, a prefeitura de Resende, por meio da Agência do Meio Ambiente do Município de Resende (Amar), prorrogou o contrato 178/2023, assinado em setembro do ano passado ao valor de R$ 4.951.831,92 por oito meses para serviços de pavimentação de blocos intertravados de concreto, celebrado com a empresa FB Serviços e Comércios LTDA.
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De acordo com informações oficiais da Receita Federal, a FB Serviços, que atua em áreas como confecção de roupas, pinturas de sinalização entre diversas outras, além de Engenharia, é sediada na Rua Reverendo Armando Ferreira, 350, Sala 129, Niterói.
O contrato, no entanto, remete o objeto (pavimentação com blocos) a planilhas em anexo supostamente indicadoras da colocação dos artefatos, mas que não constam no contrato tampouco no portal da transparência, pelo menos até o momento desta edição.
A falta de informações no portal da transparência de Resende é questão antiga, que, inclusive, já rendeu diversas denúncias ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ.
Outro exemplo é a indicação da existência de um contrato de R$ 2,3 milhões celebrado pelo governo do prefeito Diogo Balieiro para fretamento de até 80.000 quilômetros de um micro-ônibus ao valor de R$ 28,91 por quilômetro rodado, preço que chega a ser 380% superior ao valor praticado no mercado. Porém, o contrato, firmado com a empresa A & S Agenciamento Turístico, não se encontrava disponível no portal da transparência no momento dessa edição.
A contratação da A & S parece ser mais um mistério nos subterrâneos do governo de Balieiro pela falta de informações no portal da transparência. O caso é semelhante aos R$ 14,2 milhões repassados este ano à Apmir (Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Resende) e os R$ 37,7 milhões em verba pública repassados à Santa Casa, ambos sem detalhamento do uso dos recursos no porta da transparência.
Em final de mandato, Diogo Balieiro já é o responsável pelo maior rombo financeiro das finanças de Resende, que acumulou em setembro uma dívida de R$ 322,9 milhões, 35% da receita corrente líquida, segundo dados divulgados pela própria prefeitura.