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Quaquá anuncia corte do PPT e atinge 20 mil empreendedores de Maricá

21/11/2024

O prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, usou o YouTube recentemente para anunciar o fim do Programa de Proteção do Trabalhador (PPT), iniciativa que atende cerca de 20 mil empreendedores, mas que, nas palavras do político, é um “pensionismo”.

O anúncio de Quaquá caiu como uma bomba na casa de Marias das Graças, cujo nome foi alterado por receio de retaliação política.

Segundo a confeiteira, ele precisa apresentar diversos comprovantes para manter o recebimento dos R$ 706 mensais do PPT. Benefício que ela considera vital para manutenção da fabricação e comercialização de doces e salgados, empreendedorismo que representa o sustento de Maria das Graças e seus três filhos, desde quando foi abandonada pelo ex-marido, há quase dois anos.

“Não é só eu, são 20 mil empreendedores, trabalhadores, que serão atingidos diretamente. Sem contar o mercadinho onde eu compro os ingredientes. Então existe toda uma cadeia produtiva que faz a economia de nossa cidade girar”, explica a empreendedora.

Com o fim do PPT, cerca de R$ 14,1 milhões devem deixar de ser injetados mensalmente na economia de Maricá, volume que representa quase R$ 170 milhões por ano.

Sem apresentar números ou detalhamento técnico, Quaquá disse que o dinheiro do PPT será revertido em construção de fábricas, entre elas, uma de tratores e uma de vidros.

Quaquá, no entanto, não detalhou como fará para usar verba pública em empreendimentos particulares em sua “revolução da revolução”, tampouco um estudo técnico sobre os empregos gerados e o impacto econômico para a economia de Maricá com a Reforma Tributária em andamento no Congresso Nacional.

Assista o vídeo na íntegra.

Enquanto Quaquá chicoteia os pequenos empreendedores, o atual prefeito, Fernando Horta, jorra dinheiro em contratos e licitações milionários. Entre eles o Pregão Eletrônico nº 90029/2024, que prevê a contratação de uma empresa de vigilância desarmada que pode custar até R$ 20.189.435,28 ao bolso dos contribuintes por um período de 12 meses. Certame que foi suspenso recentemente através de uma medida cautela do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, TCERJ, porque, por algum motivo, a Femar resolveu incluir um dispositivo no edital que impede a ampla concorrência.