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Responsável pelo maior rombo financeiro da história de Resende com R$ 322,9 milhões em dívidas, segundo dados divulgados em setembro pela prefeitura, o prefeito Diogo Balieiro estaria de olho em uma secretaria na gestão do governador Cláudio Castro.
Caso isso se confirme, o prefeito eleito de Itatiaia, Kaio do Diogo Balieiro, pode-se dizer, pode começar o mandato descumprindo uma de suas promessas de campanha: a de que, caso eleito, o padrinho político dele seria o secretário de Saúde de Itatiaia. Apesar disso, Kaio do Diogo Balieiro, que terá uma das maiores arrecadações per capita do estado do Rio de Janeiro, R$ 440 milhões estimados para 2025 para uma população de 30 mil habitantes, andou usando a dívida de Itatiaia como muleta e deixou os observadores mais atentos com a pulga atrás da orelha.
Diogo Balieiro, que também não fala sobre os valores dos contratos celebrados pelo governo dele em suas diversas aparições nas redes sociais, também não se pronunciou sobre três contratações recentes que totalizam R$ 53 milhões com a possibilidade de estarem com R$ 30 milhões de sobrepreço.
Uma delas, o Hospital do Câncer envolve recursos de cerca de R$ 42 milhões e outros R$ 4 milhões na desapropriação do prédio que sediava um hospital particular até 2021. Esse total é o dobro dos R$ 23 milhões previstos para a construção anexo dois do anexo dois da cidade de Novo Hamburgo (RS), um prédio de cinco andares e 5,1 mil metros quadrados de área construída.
Mais contratos salgados
Essa “gordura de R$ 23 milhões” se dilata quando somada às outras duas obras. Contratado por quase R$ 4 milhões, o trecho de cerca de 500 metros de uma calçada da Beira-Rio, na proximidade do Bairro Nova Liberdade, é quase R$ 3,7 milhões superior aos R$ 318,8 mil que a prefeitura paraense de Juruti pagou por uma obra semelhante, incluindo serviços de infraestrutura antes da pavimentação, ou seja, 1.150% abaixo do que o valor desembolsado com os recursos do povo de Resende.
No que tange o contrato 125/2024, celebrado com a empresa Valle Sul ao valor de R$ 3.385.652 para serviços de urbanização e prolongamento do calçadão do Bairro Campos Elíseos, os serviços contratados, que incluem a drenagem e pavimentação de um trecho de cerca de 200 metros, é quase o mesmo desembolsado pela prefeitura Colombo (PR). No se refere à prefeitura paranaense, foram cerca de R$ 3,7 milhões em drenagem e pavimentação de três ruas, em um total de mais de 1.700 metros de extensão, que representam 8,5 vezes mais que o trecho da rua Nicolau Rizzo, em Resende, onde foram realizados serviços semelhantes.
A título de comparação, a prefeitura de Rio Negrinho (SC) celebrou em 2020 um contrato para a pavimentação com blocos de concreto na Rua Travessa Theodoro Junctum, Centro, por pouco mais de R$ 64 mil.
Portanto, somando-se os R$ 745,4 mil da drenagem e pavimentação do trecho de 283 metros entre as ruas General Carneiro e Londrina, e Colombo (RS), com a calçada de blocos de concreto da rua do Centro de Rio Negrinho (SC), chega-se a preço total de pouco mais de R$ 800 mil, valor 77% inferior aos mais de R$ 3,3 milhões desembolsados em Resende por uma obra considerada de pequeno porte.
Quem deveria, mas ainda não se pronunciou sobre os contratos e o rombo financeiro de Diogo Balieiro é o prefeito eleito Tande Vieira. Já os professores realizaram uma greve de 24 horas contra mais uma “chicotada de Diogo Balieiro na categoria”, pela tentativa de aumento na carga horária sem aumento de salário, também sob o silêncio de Tande.