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Resende fecha 5º bimestre com R$ 319,22 milhões em dívidas

13/12/2024

Montante representa 38% do total de receita corrente líquida de R$ 837 milhões

O números do 5º bimestre do balanço contábil da prefeitura de Resende revelaram recentemente que o município do sul fluminense possui uma dívida consolidada de R$ 319,22 milhões, correspondente a 38% dos R$ 837 milhões da receita corrente líquida até o período. Isso quer dizer que o governo do prefeito Diogo Balieiro caminha deixar o maior rombo financeiro da história da cidade.

Para conferir o boletim oficial na íntegra, clique nesse link.

O números revelam que Resende pagou muito em juros, já que a dívida era de R$ 311 milhões em outubro do ano passado e fechou em R$ 322,9 milhões no balanço do segundo quadrimestre desse ano, rombo financeiro decorrente de empréstimos bancários feitos pelo governo de Balieiro.

Porém, enquanto fazia operações de crédito milionárias, com o consentimento da maior parte dos vereadores, Diogo Balieiro andou celebrando alguns contratos considerados salgados demais.

Para se ter uma ideia do quanto os contratos celebrado pelo governo de Diogo Balieiro podem estar salgados, três obras em andamento em Resende, a ampliação do Calçadão de Campos Elíseos, o Hospital do Câncer e a construção de uma calçada na Beira-Rio, envolvem R$ 53,3 milhões ao bolso dos contribuintes, com a possibilidade de estourarem esse valor. No entanto, obras semelhantes executadas por outras prefeituras, com até mais envergadura, somadas, totalizam R$ 24,1 milhões, quase R$ 30 milhões a menos que os contratos celebrados pelo governo de Diogo Balieiro.

O Hospital do Câncer envolve recursos de cerca de R$ 42 milhões e outros R$ 4 milhões na desapropriação do prédio que sediava um hospital particular até 2021. Esse total é o dobro dos R$ 23 milhões previstos para a construção anexo dois do anexo dois da cidade de Novo Hamburgo (RS), um prédio de cinco andares e 5,1 mil metros quadrados de área construída.

Essa “gordura de R$ 23 milhões” se dilata quando somada às outras duas obras. Contratado por quase R$ 4 milhões, o trecho de cerca de 500 metros de uma calçada da Beira-Rio, na proximidade do Bairro Nova Liberdade, é quase R$ 3,7 milhões superior aos R$ 318,8 mil que a prefeitura paraense de Juruti pagou por uma obra semelhante, incluindo serviços de infraestrutura antes da pavimentação, ou seja, 1.150% abaixo do que o valor desembolsado com os recursos do povo de Resende.

No caso do contrato 125/2024, celebrado com a empresa Valle Sul ao valor de R$ 3.385.652 para serviços de urbanização e prolongamento do calçadão do Bairro Campos Elíseos, os serviços contratados, que incluem a drenagem e pavimentação de um trecho de cerca de 200 metros, é quase o mesmo desembolsado pela prefeitura Colombo (PR). No caso da prefeitura paranaense, foram cerca de R$ 3,7 milhões em drenagem e pavimentação de três ruas, em um total de mais de 1.700 metros de extensão, que representam 8,5 vezes mais que o trecho da rua Nicolau Rizzo, em Resende, onde foram realizados serviços semelhantes.

A título de comparação, a prefeitura de Rio Negrinho (SC) celebrou em 2020 um contrato para a pavimentação com blocos de concreto na Rua Travessa Theodoro Junctum, Centro, por pouco mais de R$ 64 mil.

Portanto, somando-se os R$ 745,4 mil da drenagem e pavimentação do trecho de 283 metros entre as ruas General Carneiro e Londrina, e Colombo (RS), com a calçada de blocos de concreto da rua do Centro de Rio Negrinho (SC), chega-se a preço total de pouco mais de R$ 800 mil, valor 77% inferior aos mais de R$ 3,3 milhões desembolsados em Resende por uma obra considerada de pequeno porte.

Quem deveria, mas ainda não se pronunciou sobre os contratos e o rombo financeiro de Diogo Balieiro é o prefeito eleito Tande Vieira. Já os professores realizaram uma greve de 24 horas contra mais uma “chicotada de Diogo Balieiro na categoria”, pela tentativa de aumento na carga horária sem aumento de salário, também sob o silêncio de Tande.