Ministro de Portos e Aeroportos diz que Santos Dumont terá adequação necessária

ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse a empresários fluminenses que estuda a adequação do aeroporto Santos Dumont, de modo que o terminal aeroviário carioca atue de forma confortável para os usuários. França participou nesta sexta-feira (5/5) da reunião do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan.

O ministro e sua equipe foram recepcionados pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que destacou a importância da logística dos portos e aeroportos nacionais, fundamentais para a melhoria da competitividade e do desenvolvimento econômico nacional. “Para interagir e fomentar negócios com o resto do país e com o mundo, é necessário termos uma boa infraestrutura portuária e aeroportuária”, pontuou Eduardo Eugenio.

O presidente da federação lembrou que a Firjan constantemente produz estudos, visando melhorar a economia, a logística e o ambiente de negócios do estado do Rio e do país. Eduardo Eugenio entregou ao ministro um exemplar do documento Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0, que trata de um conjunto de proposições para incentivar o crescimento econômico no país e no Rio. São 62 propostas de abrangência nacional e 41 voltadas para o estado, que podem contribuir para o planejamento de políticas públicas nos dois níveis de governo.

Presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan, Mauro Viegas Filho citou que o estado do Rio situa-se numa região que concentra 52% do PIB nacional, localizado num raio de 500 quilômetros. Portanto, considera de extrema importância as melhorias em infraestrutura portuária, aeroportuária e de ferrovias no estado do Rio.

Mauro Viegas afirmou ser urgente a solução coordenada para a operação dos aeroportos Galeão e Santos Dumont. “A parceria entre os governos federal, estadual e municipal com a participação de entidades como a Firjan, é fundamental uma solução que pode injetar R$ 4,5 bilhões por ano ao PIB fluminense”, acrescentou.

Demandas em logística e infraestrutura 

O presidente do Conselho de Infraestrutura citou ainda outras ações necessárias para melhorar a logística no estado do Rio como a melhoria dos acessos rodoviários no Porto do Rio, no Caju; assim como, a dragagem dos canais nos portos do Rio e de Itaguaí, para o recebimento de navios de grande porte.

Como forma de reduzir o Custo Brasil das mercadorias brasileiras, Mauro Viegas destacou a implantação da EF-118, no Porto do Açu, transformando o local num hub portuário e de energia, a partir do uso do gás natural e das eólicas offshore, para a produção de hidrogênio e de fertilizantes. Ele também pediu uma atenção ao Porto do Forno, em Arraial do Cabo, que hoje passa por problemas de administração.

Já Márcio França fez um breve relato da gestão do ministério, criado pelo atual governo, para atender os pleitos de desenvolvimento dos portos, aeroportos e hidrovias em todo o país. Segundo ele, o governo federal está alocando recursos para os investimentos necessários nas três áreas, usando até mesmo o Fundo de Marinha Mercante.

Sobre o debate dos aeroportos Galeão e Santos Dumont, ele assegurou que há uma convergência de esforços em todas as esferas, mas que trabalha para uma adequação de público de modo a não esvaziar por completo o terminal no Centro da cidade. “Não podemos prejudicar o destino final que é o Rio de Janeiro. Vamos encontrar uma solução final para atender a todos e aos dois terminais”, disse o ministro.