Valor representa mais do dobro de um equipamento usado e quase a metade de um aparelho novo
Eleito prometendo respeito com os gastos públicos, dizendo que colocaria “os ratos de Itatiaia dentro de uma gaiola” e que a cidade tem muito dinheiro, mas “falta gestão”, o perfeito Irineu Coelho já coleciona polêmicas que nada fazem lembrar o discurso do rapaz pobre que ficou rico, mas que tinha uma “dívida de gratidão com a cidade que o acolheu”.
Pouco mais de um ano à frente de uma das cidades mais ricas do Brasil em arrecadação per capita, Irineu manteve o inchaço da máquina pública com cargos comissionados, não promoveu a valorização dos servidores concursados e proliferou a administração municipal com contratos milionários, que chegam a exorbitar até quatro digítos porcentuais os preços que eram praticados até um passado recente ou no comparativo com contratos semelhantes de cidades do mesmo porte.
O caso mais recente é a homologação de um pregão no valor de R$ 300, 2 mil vencido pela empresa Medsystem para serviços de manutenção do mamógrafo do hospital municipal.
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Em uma pesquisa rápida de varejo, é possível presumir que o mámografo de Itatiaia, um equipamento usado com quase 10 anos de uso, gire em torno de R$ 120 mil a R$ 150 mil.
Nessa situação hipotética, é possível afirmar que, em caso de contratação da Medsystem e efetivação do valor global, a prefeitura de Itatiaia poderá desembolsar um valor superior ao valor de mercado do mamógrafo.
No comparativo com um mamógrafo novo, a gestão de Irineu também pode pagar caro demais, já que os valores de varejo giram em torno de R$ 800 mil.
Em comparação com o que Itatiaia pagava em 2020 pela manutenção anual do mesmo equipamento, cerca de R$ 25 mil, o pregão recém-homologado pela atual gestão de Itataia, poderá elevar em quase 1.200% os gastos do município com o mesmo serviço, em um intervalo de três anos. Para ler mais uma matéria sobre o possível aumento com o serviço de manutenção do mamógrafo, clique nesse link.
Na semana passada, a administração do prefeito Irineu Coelho também celebrou outra contração polêmica, em caráter emergencial, no valor de R$ 519 mil, elevando em 64% a previsão de gasto da prefeitura com exames laboratoriais e com a previsibilidade do encerramento do contrato anterior, o que, em tese, não justificaria a emergencia invocada para o contrato, dispositivo legal sobre o qual a administração municipal se apoiou para contratar o laboratório JA, de Resende. Para ler essa matéria clique nesse link.