Uma rápida corrida de olho nas redes sociais em grupos de Itatiaia talvez seja suficiente para um observador um pouco mais atento perceber que as coisas não andam bem na cidade do sul fluminense quando se fala em utilização dos recursos públicos.
Enquanto reclamações como falta de atendimento médico, remédios e outras mazelas inundam as postagens, é possível perceber que os contratos e licitações realizados pelo governo do prefeito Irineu Coelho aumentam em proporções quase que estratosféricas.
Isso pode ser observado em três contratos e pregões da saúde, dois deles recentes, que representam uma possível “gordura” de quase R$ 5,4 milhões por ano proporcionalmente, caso sejam consumados.
O mais recente é o pregão de manutenção do mamógrafo que, em caso de contratação da empresa vencedora e pagamento do valor global, R$ 300,2 mil, pode elevar em mais de R$ 275 mil o gasto da administração municipal com reparos do equipamento, já que o contrato anterior girava em torno de R$ 25 mil pelos mesmos serviços. Para ler essa matéria na íntegra sobre o aumento de quase 1.200% promovido pelo governo de Irineu no contrato de manutenção do mamógrafo, clique nesse link.
Outra terceirização que despertou a atenção dos moradores foi a contratação em caráter emergencial do laboratório JA, de Resende, apesar da previsibilidade do encerramento do contrato anterior, que vinha desde 2018. Como se não bastasse a esquisitice da alegada “emergência”, a contratação de 180 dias poderá sair até 64% mais pesada para o bolso dos contribuintes de Itatiaia, ou R$ 203,7 mil a mais nesse período, o que pode chegar a R$ 407,4 mil ao ano, a mais, em caso de manutenção do preço praticado, pelo que o governo de Irineu se dispoôs a pagar para a JA.
Para ler a matéria completa sobre a contratação emergencial da JA por 64% a mais, clique nesse link.
A continuar esses níveis de preços, a administração de Irineu Coelho, eleito prometendo enxugar a máquina pública e criticando os contratos celebrados por seus antecessores, poderá “salgar” em R$ 682,4 mil por ano os gastos da prefeitura em apenas duas possíveis contratações na saúde, com o mamógrafo e com os exames.
O impacto pode se tornar milionário, caso o município desembolse os quase R$ 6,9 milhões da contratação da terceirizada Construflex, em serviços de limpeza das unidade de saúde. Nesse caso, a “gordura” pode ser de mais de R$ 4,7 milhões quando o contrato é comparado com cidades do mesmo porte que pagam menos de um terço do valor pelos mesmos serviços, como Aparecida (SP), mais populosa que Itatiaia, que publicou um edital no começo deste ano cujo valor máximo não chegava a R$ 2,2 milhões. Para ler essa matéria na íntegra, clique nesse link.
De quebra, a Construflex é investigada pelo MP por formação de cartel em Japeri, berço da contratada pelo governo de Irineu. Para ler essa matéria na íntegra, clique nesse link.