O Brasil comemorou mais uma ano do grito de independência na quinta-feira, dia 7. Mas, em Itatiaia, o grito parece ainda preso na garganta de milhares de moradores e servidores públicos, que convivem diariamente com a humilhação e opressão velada da administração municipal, que usa os recursos públicos para a contratações milionárias enquanto enquanto o povo e o funcionalismo público municipal padecem.
Os guardas municipais por exemplo participaram da solenidade oficial na sede da prefeitura. Na corporação falta uniforme, apesar da realização de 13 licitações para a compra dos vestuários. Enquanto isso, muito servidores improvisam com calças jeans e tênis.
A realidade é a mesma, ou pior, se comparada a alguns meses, quando os guardas precisaram fazer uma “vaquinha” para o conserto de motos da corporação. Para relembrar essa matéria, clique nesse link.
Enquanto, na guarda municipal falta uniforme, em boa parte da cidade falta água. Nos últimos dias o que se viu em Itatiaia pode ser resumido com “peregrinação da humilhação”, dada a riqueza dos mananciais da cidade do sul fluminense, que é uma das mais ricas do Brasil em arrecadação per capita. Riquezas que não chegam sequer às torneiras de boa parcela da população, que nos últimos dias tiveram que sair às ruas para encherem seus baldes.
A semana marcada pelo Dia da Independência também foi marcada por um relato desesperador que tomou contas das redes sociais. Nesse caso, o desespero de uma filha que aguardava atendimento para o pai dela no hospital municipal após o homem ter sido baleado no bairro Jardim Esperança, o que teria perfurado o intestino dele. Segundo a filha, foram vária horas sem atendimento.
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“Esse hospital é uma vergonha, é só dipirona na veia que eles sabem dar. O coitado tá sentindo dor lá, vai esperar o intestino dele infeccionar pra atender?”, questionou a moradora.
Também arrochados pela política do prefeito Irineu Coelho, estão os servidores municipais que tiveram diversos benefícios suspensos recentemente, em especial os da Saúde. Para piorar, o prefeito teria adotado um arrocho seletivo, já que alguns servidores da saúde embolsaram mais de R$ 380 mil em reconhecimentos de dívida nos últimos dias. Para ler a matéria sobre esse assunto, clique nesse link.