O prefeito de Tanguá, Rodrigo Medeiros, teve uma curta passagem pelo município de Guapimirim, onde tornou-se mais conhecido por uma condenação em processo ajuizado pelo Ministério Público por irregularidade na contratação de uma ONG, que pela atuação como chefe de gabinete do então prefeito Marcos Aurélio Dias, sentenciado na mesma ação, mas ainda assim é apontado como o mentor da pré-candidatura de seu assessor especial Marlon Vivas. Nos ambientes políticos de Guapimirim Rodrigo é citado como o maior cabo eleitoral de Vivas, também denunciado, mas absolvido.
Rodrigo foi denunciado pelo MP por supostamente ter escondido um processo relacionado à contratação da organização não-governamental Casa Espírita Tesloo, rebatizada de Obra Social São João Batista, cujo contrato, segundo apurou o Ministério Púbico, apresentou superfaturamento de 200%.
Na ação – que tramitou na 2ª Vara de Guapimirim – o ex-prefeito Marcos Aurélio Dias foi condenado a uma pena nove anos e cinco meses de reclusão em regime fechado, por fraude na contratação da ONG para terceirização de mão de obra, e Rodrigo Medeiros foi sentenciado a cinco anos e seis meses em regime semiaberto. Rodrigo era chefe de gabinete de Marcos, função que exerceu de dezembro de 2013 a janeiro de 2015. Além de Marcos Aurélio e Rodrigo, foram condenados nessa mesma ação três diretores da ONG, o major da Polícia Militar Sergio Pereira de Magalhães, Maria de Fátima Fonseca da Silva e Luanda Fernanda Fonseca da Silva.
O caso Tesloo foi revelado pelo elizeupires.com no dia 21 de outubro de 2013, na matéria Guapimirim mantém ONG que recebe por 3 e paga por 1, que informava sobre um termo aditivo feito no contrato-mãe que firmado em dia 5 de janeiro de 2012. A extensão do contrato foi determinada, com a Prefeitura pagando até três vezes mais do que um funcionário terceirizado efetivamente recebia.
No dia 23 de fevereiro de 2022, após a veiculação da matéria Ex-prefeito de Guapimirim é condenado a nove anos de prisão e leva o atual governante de Tanguá junto, Rodrigo Medeiros usou suas redes sociais para falar sobreo assunto.
Ele negou que tivesse escondido qualquer documento e informou que impetraria um embargo de declaração para tentar reverter a decisão do juízo da 2ª Vara de Guapimirim.
Por: elizeupires.com