Gleisi apaga post após Tentar ‘Lacrar’ com Cuca e ser Notificada extrajudicialmente

(CRÉDITO: FOTOS: DIVULGAÇÃO / CÂMARA DOS DEPUTADOS E DIVULGAÇÃO / ATHLETICO)

Presidente do PT mantém crítica mas recua sobre acusação de estupro contra treinador

Gleisi Hoffmann (PR), deputada federal e presidente nacional do PT, removeu uma publicação onde criticava o Athletico-PR por contratar o técnico Cuca, que foi anunciado nesta segunda-feira (4).

A notificação extrajudicial foi emitida pela equipe jurídica do técnico contra a parlamentar, ameaçando-a com uma queixa-crime caso o post não fosse excluído.

Gleisi Hoffmann recorreu às redes sociais para relembrar um incidente envolvendo o atual técnico do Furacão, datado de 1987, quando ele era jogador e defendia o Grêmio. Segundo ela, ele teria cometido estupro contra uma criança de 13 anos durante uma viagem à Suíça. Embora a petista tenha mantido suas críticas, ela se retratou ao afirmar que o treinador estuprou a adolescente.

“Em razão de Interpelação extrajudicial que recebi do treinador Cuca, afirmando que fiz considerações inverídicas quanto sua condenação, já que não foi condenado, quanto a prática criminosa e semelhança com casos de Daniel Alves e Robinho (documento abaixo), deletei o post anterior e o reescrevo a seguir”, iniciou Gleisi Hoffmann.

“É estarrecedor, na semana da mulher, saber que o Athletico Paranaense irá contratar Cuca, o homem que foi acusado pela Justiça Suíça por manter relações sexuais com uma criança de 13 anos, crime previsto no art. 187 do Código Penal Suíço”, prosseguiu.

“Esta situação nos faz relembrar dos recentes casos de Robinho e Daniel Alves. Embora sua condenação tenha sido anulada recentemente, consta no processo a afirmação de que havia sêmen de Cuca no corpo da vítima!”, afirmou.

No comunicado, Cuca solicitou à parlamentar: “Tome as providências acima mencionadas e no prazo ali estipulado, sob pena de serem tomadas todas medidas judiciais cabíveis na área civil e criminal com o ingresso de queixa-crime por crimes de calúnia, difamação e injúria”, conforme a notificação emitida pela equipe de direito do técnico, que possui a assinatura do treinador.

“O treinador Cuca não foi condenado, pois teve seu julgamento anulado pela Corte na Suíça, por diversas irregularidades ocorridas em 1989 que culminou num ‘veredito injusto’ já que foi julgado à revelia e sem a presença de um advogado no dia do seu julgamento”, iniciou.

“Assim cabe afirmar com toda convicção que esse caso da Suíça não guarda nenhuma semelhança com o caso do Daniel Alves ou do Robinho”, completou, em posição que confrontou o exposto por Gleisi Hoffmann.

Por: Portal Gol de Fato