Pum interrompe sessão da Câmara de Itatiaia enquanto “mau cheiro” de R$ 65 milhões em suposto caixa 2 na campanha de Irineu continua poluindo a cidade

Um fato inusitado interrompeu por alguns segundos a sessão da Câmara de Itatiaia, aparentemente soltado por um dos membros da Mesa Diretora. O que obrigou o presidente da Casa Legislativa, vereador Vinicius Leal, o Vini Celular, a pedir que os vereadores se contivessem – se é que não foi ele, Vini, o autor da “flatulência mortífera”.

Assista ao “vídeo do pum”.

Porém, pior que o pum do vereador anônimo é o “fedor” que continua contaminando o ar da cidade do sul fluminense em uma série de possíveis novos escândalos com potencial de estampar, mais uma vez, as páginas policiais e colocarem Itatiaia novamente em evidência, infelizmente negativa.

No caso, algumas denúncias levadas ao conhecimento do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, envolvendo o uso de parte de R$ 65 milhões, enviados em projetos de verba suplementar à Câmara pelo prefeito Irineu Coelho, em um suposto esquema de caixa 2 de campanha eleitoral. O que estaria sendo articulado pelo ex-prefeito de Resende José Rechuan e o secretário de saúde Luiz Saldanha, o Luizão.

Encontro às escondidas

Dentro desse pacote de R$ 65 milhões estaria R$ 2,6 de um suposto jogo de carta marcada envolvendo Luizão e o o presidente de Conselho Municipal de Saúde, Fábio Cardoso, flagrados em um encontro às escondidas que aconteceu no dia 5 de maio, um domingo, na sede da secretaria.

Segundo a denúncia, o encontro entre Cardoso e Luizão pode estar ligado a um jogo de carta marcada relativo a um chamamento público voltado à seleção de uma pessoa jurídica (PJ) para implantação de um Centro de Imagem com uma verba de R$ 2,6 milhões, que faz parte das “suplementações de Irineu”. O que estaria nos moldes de um projeto preparado pelo próprio Fábio Cardoso, entregue à secretaria de planejamento. Informações ditas por ele próprio em uma reunião do Conselho, em áudio que o Folha News teve acesso.

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Rechuan afunda Irineu e ameaça Renan

Esses R$ 2,6 milhões fazem parte de uma pacote de cerca de R$ 65 milhões em verbas suplementares aprovadas ou solicitadas pelo prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, à Câmara.

De acordo com outra denúncia formulada ao MP, o ex-prefeito de Resende José Rechuan é apontado como o nome por trás da maior parte de pedidos de verba suplementar, cujo objetivo seria promover uma avalanche de serviços de atendimento de saúde para tentar cacifar o governo de Irineu, já apontado como o pior da história do município do sul fluminense.

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Porém, desse R$ 65 milhões, o MP já barrou R$ 15 milhões que seriam usados para contratação de uma PJ na terceirização de médicos. Isso porque, de acordo com a Promoção Ministerial, a contratação seria uma forma de mascarar os gastos públicos com folha de pagamento, cujo teto é 54% da receita corrente líquida.

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Há poucos dias, Irineu ingressou com mais um pedido de suplementação, de R$ 2,1 milhões, feito depois de uma “greve branca” de médicos não concursados que recebem através da emissão de recibo de profissional autônomo (RPA). Nesse caso, a Câmara aprovou um requerimento de pedido de informação sobre o que Irineu fez com os R$ 105 milhões aprovados para a saúde na Lei Orçamentária Anual, a LOA.

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Noel fortalecido

O balde de água fria do MP em Irineu e Luizão também enfraquece o grupo de Rechuan, que teria sitiado Itatiaia e que tenta emplacar o nome de um vice para o vereador Renan Marassi, apontado como o principal nome da oposição em Resende para a corrida eleitoral desse ano. O que pode favorecer o nome do veterano Noel de Carvalho, considerado um político desenvolvimentista. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.

Noel mais fortalecido

Para piorar, Renan Marassi, que teria virado as costas para Noel por causa do “namoro cmo Rechuan e companhia” pode perder uma eventual composição com Noel de Carvalho, que anunciou sua pré-candidatura já que o cenário de caos econômico de Resende pode favorecer o político, que possui um perfil desenvolvimentista.

Resende atingiu um endividamento R$ 311 milhões no final do ano passado, quase 50% da receita corrente líquida. A cidade do sul fluminense, que um dia já capitaneou o crescimento socioeconômico com a chegada de empresas e infraestrutura, hoje é uma cidade de desempregados, com a proliferação de bolsões de pobreza e uma população refém de uma política de migalhas que colocou fez boa parte da população refém do assistencialismo voltado à promoção do prefeito Diogo Balieiro.

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Irineu jura que é honesto

Enquanto jorra milhões em contratos milionários, chicoteia os servidores e tenta arrombar os cofres públicos com R$ 65 milhões em verbas suplementares, Irineu continua jurando de pé junto que “gota das coisas com honestidade.

Assista o vídeo do “Irineu honesto”.