Pré-candidato se queima em Resende com apoio do “prefeitinho dos 3,69% de Macaé”

Renan Marassi é considerado um vereador morno frente às mazelas do prefeito Diogo Balieiro e já começa a ser questionado pelos moradores mais ávidos por mudanças

O vereador e pré-candidato a prefeito de Resende Renan Marassi perdeu uma ótima oportunidade de permanecer na cidade do sul fluminense recentemente, e não viajar ao norte do estado para se encontrar com Welberth Rezende, prefeito da cidade de Macaé.

Apesar do estardalhaço da dupla nas redes sociais para divulgar o apoio de Welberth a Renan, já que o prefeito de Macaé também preside o partido Cidadania e tem como braço-direito o secretário de Mobilidade Jayme Muniz, que ocupou o cargo de secretário de Indústria e Comércio no governo do ex-prefeito de Resende José Rechuan, Renan parece não ter procurado tomar conhecimento de como anda realmente a atuação de Welberth Rezende em Macaé, o que Jayme Muniz parece também não ter contado.

Do contrário, Marassi teria tomado conhecimento de que Welberth Rezende, apesar de uma arrecadação estimada de R$ 3,9 bilhões para este ano para uma população de cerca de 260 mil habitantes, receita proporcionalmente 200% maior que a de Resende, anda fazendo um péssimo trabalho em diversas áreas.

Um exemplo é a desvalorização dos profissionais da educação, que acumulam 47,67% de perda salarial, segundo a unidade local do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro, o Sepe, que iniciou um movimento contra os desmando de Welberth Rezende após o prefeito mandar para Câmara uma proposta de míseros 3,69% de reajuste à categoria.

O que não deve surtir efeito prático em 2024, já que a data limite para reajuste acima da inflação expirou no último dia 8 de abril por causa do calendário eleitoral. Isso porque, a legislação proíbe reajustes acima da reposição inflacionária dentro dos 180 dias que antecedem o pleito eleitoral.

O problema se repetiu em outras cidade, entre elas Resende, onde o prefeito Diogo Balieiro deu calote em 10% prometidos aos servidores, e em Itatiaia, onde o prefeito Irineu Coelho retirou o projeto de plano de cargos e salários do funcionalismo público municipal.

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Rechuan afunda Irineu e ameaça Renan

De acordo com uma denúncia enviada recentemente ao Ministério Público, o MPRJ, Rechuan estaria por trás de R$ 65 milhões em receitas suplementares aprovadas ou solicitadas por Irineu à Câmara de Itatiaia nos últimos meses.

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Porém, desse R$ 65 milhões, o MP já barrou R$ 15 milhões que seriam usados para contratação de uma PJ na terceirização de médicos. Isso porque, de acordo com a Promoção Ministerial, a contratação seria uma forma de mascarar os gastos públicos com folha de pagamento, cujo teto é 54% da receita corrente líquida.

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Noel fortalecido

O balde de água fria do MP em Irineu e Luizão também enfraquece o grupo de Rechuan, que teria sitiado Itatiaia e que tenta emplacar o nome de um vice para o vereador Renan Marassi, apontado como o principal nome da oposição em Resende para a corrida eleitoral desse ano. O que pode favorecer o nome do veterano Noel de Carvalho, considerado um político desenvolvimentista. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.

Noel mais fortalecido

Para piorar, Renan Marassi, que teria virado as costas para Noel por causa do “namoro com Rechuan e companhia” pode perder uma eventual composição com Noel de Carvalho, que anunciou sua pré-candidatura já que o cenário de caos econômico de Resende pode favorecer o político, que possui um perfil desenvolvimentista.

Resende atingiu um endividamento R$ 311 milhões no final do ano passado, quase 50% da receita corrente líquida. A cidade do sul fluminense, que um dia já capitaneou o crescimento socioeconômico com a chegada de empresas e infraestrutura, hoje é uma cidade de desempregados, com a proliferação de bolsões de pobreza e uma população refém de uma política de migalhas que colocou fez boa parte da população refém do assistencialismo voltado à promoção do prefeito Diogo Balieiro.

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