A Câmara Municipal de Porto Real empossou Lucas Orioli de Souza, do PSDB, na sessão de segunda-feira, dia 08, que teve a presença dos demais vereadores, servidores, amigos e familiares do suplente. O vereador substitui o vereador Ronário de Souza, do Solidariedade, afastado do cargo por decisão judicial.
Em seu primeiro pronunciamento, Orioli ressaltou o compromisso de trabalhar com dedicação e afinco em prol da população em conjunto com os demais edis. Esta é a primeira vez que Lucas Orioli ocupa uma cadeira no Legislativo Municipal.
Mais alteração em Porto Real
Na verdade, quem deveria assumir a cadeira de Ronário era o primeiro suplente Leonardo Odilon de Novais, conhecido como Leo do Circo. Mas, alegando motivos pessoais, ele optou por não assumir a vaga. Com isso, Lucas Orioli ficou com a vaga no Legislativo. Nos próximos dias, a Câmara tratará do nome que substituirá Renan Márcio de Jesus Silva, outro afastado por decisão judicial.
Afastamento por 90 dias
O afastamento dos dois vereadores, por 90 dias, ocorreu no início de junho depois de o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende, conseguir decisão na Justiça. De acordo com o MPRJ, Renan e Ronário implementaram um suposto esquema de desvio de recursos públicos, conhecido como “rachadinha”.
Funcionária diz que era obrigada a fazer ‘rachadinha’
Conforme a Ação Civil Pública, ajuizada pela Promotoria, em maio deste ano, Renan, a pedido de Ronário, assinou, em 4 de janeiro, a contratação de uma funcionária para o cargo comissionado de diretora do Departamento de Ouvidoria Legislativa, função ligada diretamente à presidência da Câmara. Após a contratação, segundo o MP, Ronário teria começado a exigir metade do salário da servidora, que correspondia a R$ 2 mil. O valor, conforme a denúncia, era entregue em mãos a Ronário para que não fossem deixados rastros. Ainda segundo a inicial, Renan sabia desse e de outros esquemas de rachadinhas de Ronário e não agiu em nenhum momento para impedir a ação.
Ação tem cópias de extratos
Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, a funcionária da Câmara Municipal de Porto Real apresentou cópias dos extratos bancários de sua conta e da conta de seu ex-marido. Ela teria deixado claro, durante as informações prestadas ao MP, que todos os meses, logo após ter sua remuneração depositada em sua conta bancária pela Câmara, ela realizava saques em espécie. Os valores, segundo ela, alcançavam aproximadamente a metade de seus vencimentos e eram entregues a Ronário de Souza, presidente da Câmara.
Por: Correio Sul Fluminense