Um vídeo com falas bem articuladas de um jovem carismático pode ajudar, mas é muito pouco para convencer o eleitorado nos dias de hoje.
Essa é a conclusão dos observadores mais atentos sobre um vídeo compartilhado pelo vereador de Resende Renan Marassi, pré-candidato a prefeito da cidade do sul fluminense.
Sem citar nomes, o moço disparou contra supostos ataques relacionados à alianças com políticos antigos, argumentando que ele, Renan, não vai se deixar manipular pelos outros em um eventual governo.
Porém, o discurso de vítima, do jovem discriminado, que já tem dois mandatos de vereador no currículo e experiência de sobra, pode ser uma retórica furada na corrida eleitoral desse ano.
Além disso, o discurso de conciliador de Marassi, do “gestor que quer aproveitar o que deu certo no governo dos outros”, pode se virar contra ele, que não se manifesta em relação às mazelas dos últimos governos, optando pelo caminho do “bom conciliador”. Isso porque, aos olhos de quem entende do riscado, pode fazer de Renan um “candidato creme de leite”, sem tempero próprio, capaz de combinar bem com doces e salgados, porém sem ingredientes próprios para ser o prato principal.
Gente próxima ao rapaz garante que ele já estaria se desfazendo de aliados e possíveis aliados. Já o plano de governo de Marassi, segundo o que se comenta na política local, deve “copiar” o de cidades como São José dos Campos (SP) e Macaé, governada por Welberth Rezende, que encarou recentemente uma greve de profissionais da Educação após mandar para Câmara uma proposta de míseros 3,69% de reajuste à categoria.