Itatiaia: Irineu acoberta obra clandestina em APP de parente de empresário ligado a Diogo Balieiro após “presente de R$ 250 mil”

O governo do prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, estaria acobertando uma obra clandestina na Avenida Casa das Pedras, em Penedo, local que é considerado Área de Proteção Permanente, APP.

Segundo relatos de fontes ouvidas pelo Folha News, as irregularidades são de conhecimento da prefeitura e estariam sendo acobertadas pelo secretário de Planejamento, Deivid Oliveira. Isso porque, os fiscais da prefeitura teriam recusado a ceder um alvará autorizando a obra, após um flagrante de fiscais federais ao local.

A proprietária da obra seria parente do empresário Markus Vinicius Simão, dono da empresa MVS Produções, citado em várias denúncias feitas recentemente ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, por supostamente ser o comandante de um cartel de comercialização de festas e eventos custeados por prefeituras do sul fluminense.

Recentemente, Simão foi citado em mais uma denúncia após ser “agraciado pelo governo de Irineu com R$ 250 mil sem licitação para a realização e comercialização do Encontro Internacional de Motociclistas, que acontece até o dia 4 de agosto, verba repassada pela secretaria de Estado de Turismo.

A mesma MVS de Simão montou recentemente a estrutura de um comício eleitoral clandestino de Irineu barrado pela Justiça Eleitoral, depois de agraciada recentemente com uma adesão de preços de mais de R$ 1,1 milhão.

Denúncia de licitação fraudulenta em Resende

Em Resende, a gestão de Diogo Balieiro supostamente fraudou uma licitação em dezembro de 2022 para favorecer a vitória da MVS. Isso é o que consta em uma denúncia encaminhada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, com base numa ata referente ao Processo Administrativo Processo 33.354/2022 para contratação de estrutura, produção e comercialização do evento comemorativo ao Dia Nacional da Cultura. Isso porque a empresa “concorrente da MVS”, a “Pamela Tourinho Brito Duarte”, com sede em Salvador (BA), cobrou a bagatela de R$ 5.000.000,00. Valor possivelmente apresentado para favorecer a MVS, que apresentou valores simbólicos entre R$ 4,4 mil R$ 8,8 mil, já que a empresa lucra na comercialização.

A denúncia diz ainda que a Pamela Tourinho Brito Duarte, criada em agosto de 2021 com quase 100 ramos de atividade que nada têm a ver um com outro, pode ser um empresa de fachada criada com propósito de participar de licitações fraudulentas para favorecer outras empresas, como a MVS.