O surto de gastroenterite que tomou conta de moradores e turistas que compareceram ao Encontro Internacional de Motos em Penedo no último final de semana, ao que parece, não importou para o prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, que mais uma vez cruzou os braços para a adição de cloro no abastecimento de água.
Nas redes sociais, diversas pessoas relataram diarréia, vômito, febre e outros sintomas. O que teria sido provocado pela água contaminada, sem cloro de acordo com testes divulgados por internautas.
O governo de Irineu, que desembolsou R$ 250 mil sem licitação na contratação da MVS Produções, de propriedade do empresário Markus Vinicius Simão, suspeito de chefiar uma cartel de comercialização de festas realizadas por prefeituras do sul fluminense, também demonstrou indiferença com os péssimos serviços da MVS na organização do evento, marcado por tiros e prisão, além da colaboração de um motoclube sediado em uma casa do Exército Brasileiro.
A indiferença de Irineu para os graves problemas de saúde pública com o surto de gastroenterite e de segurança deu lugar a ofensiva do prefeito nas redes sociais em um vídeo de cunho chantagista e covarde, já que o alcaide tentou jogar os moradores contra os vereadores na tentativa de força a aprovação de um crédito suplementar de mais de R$ 30 milhões.
A bagatela, segundo o projeto, seria para contratação de uma empresa ou ONG, em aluguel de equipamentos e terceirização de serviços na saúde. Porém, segundo denúncias feitas ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, as suplementações reivindicadas por Irineu seriam parte de um pacote de R$ 65 milhões de onde seria drenado um esquema de caixa 2 para a campanha de Irineu, esquema supostamente capitaneado pelo ex-prefeito de Resende José Rechuan.
Em junho, um mês a deflagração do suposto esquema, Irineu serviu água com porcos mortos à população. O episódio aconteceu duas semanas após o aniversário da cidade, marvada pela contratação da MVS Produções, que ficou com toda comercialização da festa.
No final de semana passada, a empresa de Simão montou a estrutura de um comício clandestino do pré-candidato a prefeito de Resende Tande Vieira, barrado pela Justiça Eleitoral.