O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, recebeu esta semana uma denúncia de que a Associação Privada Pé na Trilha, ligada ao vereador e vice-prefeito de Resende Davi do Esporte, é um entidade de fachada envolvida em esquemas em diversas prefeituras para capitação de verbas públicas por meio das operações do presidente do Pé na Trilha, Albano da Paz.
” O Pé na Trilha uma associação de fachada para as operações espúrias de Albano, que é ligado ao vereador e futuro vice-prefeito de Resende Davi do Esporte. Nota-se que o Pé na Trilha sequer é da área do esporte, mas sim uma associação da Cultura, que já pleiteou verbas federais através da secretaria de Cultura de Resende (Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda). Importante informar que o mesmo Albano não possui residência fixa a fim de escapar dos olhos do MP e da ação da Justiça. Inclusive, o mesmo foi expulso no ano passado da Brigada de Incêndio Florestal Voluntária do Alto Rio Preto (BVARP) pela tentativa de se apropriar de uma verba de cinquenta mil reais de um edital”, diz a denúncia.
A denúncia diz respeito a um edital de 2023 da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda, de Resende, em que o Pé na Trilha figurou entre os finalistas que dividiram R$ 755,9 mil de repasses do governo federal, provenientes da Lei Paulo Gustavo.
Caminho que poderia ter sido o mesmo em relação a um repasse de R$ 50 mil em que o Pé na Trilha “emprestaria seu CNPJ” para Brigada de Incêndio Florestal Voluntária do Alto Rio Preto (BVARP), cujos integrantes desconfiaram do dinheiro sendo gerenciados por Albano, que teria sido convidado a se retirar da BVARP.
Uma fonte ligada a Albano revelou que o presidente do Pé na Trilha supostamente não possui residência fixa a afim de não ser encontrado por um órgão que tem como objetivo defender a ordem jurídica, os interesses da sociedade e fiscalizar o cumprimento da lei. Mesmo assim, o Pé na Trilha teria encontrado abrigo no governo do prefeito de Resende, Diogo Balieiro.