O presidente da Câmara Municipal de Cabo Frio, Miguel Alencar, afirmou na noite desta terça-feira (19) que haverá expediente normal na Casa Legislativa nesta quinta-feira (21) e sexta-feira (22), mesmo após a prefeita Magdala Furtado decretar ponto facultativo nesses dias. A declaração foi feita em ligação ao Portal Rlagos Notícias, reforçando sua posição contrária à medida adotada pelo executivo municipal.
Segundo Miguel Alencar, a decisão da prefeita de decretar ponto facultativo é inaceitável, especialmente diante do contexto atual de crise financeira e social enfrentado pelo município. “Tenho compromisso com a população, e fechar a Câmara nesses dias seria desrespeitoso com os cidadãos e servidores que estão nas ruas protestando pela falta de salários. É inadmissível essa postura”, declarou o presidente.
A cidade de Cabo Frio tem sido palco de intensas manifestações de servidores públicos, que cobram o pagamento de salários atrasados. A paralisação tem mobilizado diversas categorias, incluindo profissionais da saúde e educação, que enfrentam dificuldades para sustentar suas famílias devido aos atrasos. Muitos acreditam que o ponto facultativo decretado pela prefeita seria uma tentativa de evitar maiores confrontos com os manifestantes.
O decreto de ponto facultativo foi publicado nesta terça-feira, justificando a medida como uma “adaptação administrativa”. No entanto, a decisão gerou críticas tanto de vereadores quanto da população, que interpretam o ato como uma forma de fuga diante da pressão popular. Miguel Alencar afirmou que a Câmara deve seguir aberta, garantindo espaço para discussões e soluções concretas para os problemas que afetam a cidade.
A manutenção do expediente na Câmara é vista como uma mensagem clara de que o legislativo está atento às demandas da população e disposto a buscar soluções para a crise.
“O que precisamos é de diálogo e trabalho, não de decretos que apenas agravam o sentimento de abandono por parte do governo municipal”, completou Miguel.
Enquanto isso, os protestos nas ruas de Cabo Frio continuam, com servidores cobrando explicações e exigindo o pagamento imediato dos salários. A pressão sobre a gestão de Magdala Furtado cresce, e a decisão de Miguel Alencar reforça as divisões entre o legislativo e o executivo no município.
Por: RLagos Notícias