O Instituto de Previdência dos Servidores de Itatiaia, o Iprevi, voltou a fazer pirotecnia com a renovação de sua certificação previdenciária. O que, na prática, é a compra de um produto por R$ 9,9 mil adquirido de uma empresa de Goiás. Porém, o Instituto continua sem abrir a caixa preta do fluxo milionário dos repasses que são feitos da prefeitura para o custeio dos funcionários, já que uma fatia anual milionária acaba se perdendo em “aplicações financeiras”. Enquanto isso, a administração do prefeito Irineu Coelho já relatou ter estourado em praticamente 6% o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LRF, com o pagamentos dos servidores, que agora estão ameaçados de não receberem o abono de outubro, do Dia do Servidor.
Para os observadores mais atentos da cidade do sul fluminense, possivelmente o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, precisará ser acionado para seguir o “caminho do dinheiro” dos servidores de Itatiaia, desde a prefeitura até o Iprevi.
“Eu não consigo acreditar, os servidores estão com os salários achatados, perderam benefícios com o decreto do prefeito, agora mais essa. Pra onde tá indo nosso dinheiro”, indagou uma servidora que pediu pra não ser identificada.
Das poucas informações que se sabe das contas do Iprevi, o Instituto perdeu R$ 11,4 milhões em aplicações em renda variável em 2022. Para ler sobre esse assunto, clique nesse link.
“Estou contando com esse abono, como assim não tem dinheiro?”, completou a servidora.
Enquanto o medo do não recebimento do abono assombra os servidores de Itatiaia, o secretário de Saúde Luiz Saldanha, apadrinhado político do prefeito de Resende Diogo Balieiro continua a pagar um grupo seleto de servidores da Saúde na base do “reconhecimento de dívida”, dispositivo voltado a situações excepcionais que teria sido banalizado por Luizão, como é popularmente conhecido o secretário. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.