Resende esbarra no teto da LRF e pode ter problema no reajuste do funcionalismo em 2024

A prefeitura de Resende relatou em agosto mais de R$ 431,6 milhões com folha de pagamento. No acumulado de 12 meses, esse total representou 53,56% da receita corrente líquida da cidade do sul fluminense, cerca de R$ 806 milhões segundo a prefeitura.

Esses R$ 431,6 milhões incluem os servidores concursados e centenas de cargos comissionados, os CCs, nomeados pelo prefeito Diogo Balieiro.

Acontece que o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade fiscal para pagamento de pessoal do Executivo é 54% da receita corrente líquida, teto que quase foi alcançado em agosto, de acordo com a própria prefeitura.

Esses números andam preocupando os servidores concursados da prefeitura, que contam com um aumento de cerca de 10% em 2024, prometidos pelo prefeito.

Matematicamente, a arrecadação precisaria subir em 2024 para que o caixa da prefeitura consiga abarcar o compromisso assumido pelo alcaide. Do contrário, Balieiro terá que promover exoneração em massa de CCs a fim de abrir espaço no orçamento e não estourar a LRF. O que pode ser pouco provável que aconteça até o começo de outubro, por causa das eleições municipais.

Além disso, a cidade do sul fluminense se transformou em uma bolha nos últimos anos, já que a divida do município ultrapassou R$ 311 milhões em outubro. Para piorar, Balieiro ainda conseguiu aprovação da Câmara, onde ele tem maioria, para fazer mais um empréstimo bancário, de R$ 25 milhões, que pode elevar para R$ 336 milhões o endividamento, ou seja, 42% de tudo que Resende arrecada.

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Enquanto Balieiro parece usar um novo empréstimo bancário para ganhar tempo e adiar a explosão da bolha, o alcaide avança para outras cidades. Entre elas a vizinha Itatiaia, onde Balieiro é apoiador do prefeito Irineu Coelho. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.