Itatiaia: vereadores de Irineu acatam “ordens do chefe” e faltam a depoimento do delegado que prendeu prefeito por racismo

Recém-empossados vereadores de Itatiaia, Sargento de Paula e José Adelson Rodrigues de Oliveira, o Toroca, ao que parecem, pouco tem a acrescentar à cidade do sul-fluminense. Essa foi a sensação das poucas pessoas que souberam e compareceram ao plenário da Câmara nesta quinta-feira, dia 14, para assistirem ao depoimento do delegado de Resende, Michel Floroschk, que prendeu Irineu em flagrante no dia 17 de outubro pelo suposto crime de injúria racial contra uma balconista de uma padaria daquela cidade.

Mas, De Paula e Toroca não foram os únicos a “acatarem as ordens do chefe Irineu” e faltarem a sessão. Quem também parece ter virados as costas para a sociedade pelo desinteresse demonstrado com a ausência durante o depoimento foram os vereadores Leonardo de Seixas, também recém-empossado. Isso porque De Paula, Toroca e Leonardo assumiram no final de novembro as vagas de três titulares das cadeiras, que foram afastados pela Justiça em um processo que envolve rachadinha e funcionários fantasmas, Dudu Pereira, Vander Leite e Tim Campos, sendo esse último o relator do processo de impeachment que tramita na Câmara contra Irineu pelo suposto crime de racismo.

Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.

Além do trio, também faltaram os vereadores Geilson Dias, o Pipia, e Bruno Diniz, segundo relatos de quem esteve no local. Isso porque o presidente da Câmara, Vinicius Leal, o Vini Celular, parece que não quis dar publicidade ao depoimento e, com isso, queimar ainda mais o filme de Irineu com a população, haja vista que a sessão não foi transmitida.

Entre outras declarações, Floroschk sugeriu que Irineu tentou usar de influência política para barrar a prisão dele, disse que o alcaide não mostrou arrependimento por supostamente ter chamado a balconista de “negrinha”, que Irineu é alvo de dois processos criminais e duas investigações em curso por parte do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, que o político teria tentado a transferência dele de Resende para outra cidade e que, depois, Irineu ainda teria enviado uma pessoa para convidar o delegado “para um almoço”.

Assista aos vídeos abaixo.