Tomada por altos índices de violência e desemprego, Resende sofre com a falta de infraestrutura enquanto a administração do prefeito Diogo Balieiro aposta na fragilidade do povo para se promover nas redes sociais e, ao mesmo tempo, não promover condições para que a pessoas se desenvolvam e caminhem com suas próprias pernas.
Pelo menos é essa a avaliação dos observadores mais atentos da cidade do sul fluminense, que nos últimos dias sofreu com as chuvas, já que a cidade não conta com um sistema eficiente de escoamento de águas pluviais, problema que pode ser constatado nas redes sociais por diversas imagens publicadas nas redes sociais em vários bairros do município. Embora o governo de Balieiro tenha jorrado milhões em contratos com algumas empresas nos últimos anos.
Foi o que aconteceu na tarde da última quarta-feira, dia 14, quando a cidade de 150 mil habitantes fez lembrar os grandes centros urbanos, como Rio e São Paulo, através do alagamento de ruas e chegada da água a prédios residenciais e comerciais.
Nas redes sociais, cargos comissionados e outras pessoas ligadas ao governo tentam desviar o foco do problema da falta de infraestrutura culpando a excesso de chuva e a própria população pelo despejo de lixo nas vias públicas. Problemas que não tiram a responsabilidade do poder público pela falta de investimentos e pelos serviços que deveriam ser realizados periodicamente para evitar esses transtornos, como o desentupimento de bueiros e galerias de águas pluviais. Enquanto isso, o povo grita por socorro.
Porém, o que os cargos comissionados de Balieiro não falam e que o prefeito finge não saber é que as pessoas poderiam sofrer bem menos com as consequências das chuvas, caso os serviços fossem realizados com a mesma regularidade que os pagamentos milionários realizados todos os anos para as empresas contratadas.
Um exemplo é a empresa Multilimp, responsável por serviços de desentupimentos, que embolsou mais de R$ 2 milhões em 2023.
O entupimento do sistema de drenagem e a falta de investimento na ampliação da infraestrutura de canalização de águas pluviais, além dos transtornos à população, prejudica a pavimentação e favorece o lucro de empresas como a Valle Sul, que também é “presença garantida” nos cofres públicos de Resende e outras prefeituras. Tanto que em 2023 a empresa de Angra dos Reis teve mais de R$ 2,2 milhões empenhados em serviços de pavimentação sem investimentos em drenagem na ampla maioria das principais vias da cidade.
Resende endividada e população fragilizada
Carente de políticas públicas sociais e abertura de novos postos de trabalho nos últimos anos, boa parcela dos moradores de Resende estão cercados pela violência, perdendo seus jovens para organizações criminosas, não conseguem andar com suas próprias pernas e se tornaram presas fáceis do que parece ser uma política assistencialista implantada pelo governo de Diogo Balieiro, que em muito favoreceu o empobrecimento da cidade pelo endividamento de mais de R$ 311 milhões da receita corrente líquida, relatados no final do ano passado.
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