A harmonia que entre os 12 vereadores que integram o Poder Legislativo de Valença, cidade da região do Vale do Café, no estado do Rio de Janeiro, ao que parece, virou coisa do passado.
É que parte dos membros da Casa não anda nada satisfeita com os atos do presidente José Reinaldo Alves Bastos, mais conhecido na cidade como Naldo, e tudo indica que ele deverá ser obrigado a dar esclarecimentos sobre alguns contratos, entre eles os dois firmados para elaboração de projetos para obras de construção e restauração que seriam realizadas no prédio da Câmara, uma prédio histórico localizada no centro da cidade.
Com três meses de vigência, o primeiro contrato foi firmado em 16 de novembro de 2021 com a empesa AG Neto Arquitetura e Construção, no valor global de R$ 67.790,00, tendo como objeto a elaboração de um projeto executivo, visando a construção de três pavimentos sobre o anexo que funciona nos fundos da sede da Câmara, obra ainda não iniciada.
Depois veio o contrato 091/2022, que tem como objeto a “elaboração do projeto de restauro de edificação histórica”, mas foi firmado com uma empresa que, segundo consta no cadastro dela, tem a produção teatral como atividade econômica principal.
A contratada é a Vale do Café, nome fantasia da razão social Cafeína Projetos Culturais, registrada em 5 de outubro de 2021 no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica sob o número 43.777.154/0001-05, com capital social de R$ 10 mil.Pela elaboração do projeto a Cafeína recebeu o total de R$ 134,500,00 em três parcelas de R$ 44.833,00, valores pagos em março, junho e dezembro de 2022.