O que se apresentou inicialmente como uma “resposta do vereadores de Itatiaia” à prisão em flagrante do prefeito Irineu Coelho, acusado de injúria racial contra uma balconista de Resende, começou a ganhar formato e cheiro de pizza.
Para os observadores mais atentos da cidade do sul fluminense, essa é a conclusão tirada após o que se apresentou como esfriamento da postura inicial dos representantes do Legislativo municipal, que acataram uma denúncia protocolada na Casa Legislativa e abriram, a toque de caixa, um processo de impeachment contra o alcaide uma semana depois do episódio, além da promessa de “emparedar Irineu” em poucos dias. Para ler mais sobre o processo de impeachment de Irineu, clique nesse link.
Na edição 196 do boletim oficial, de 31 de outubro, a Câmara Municipal publicou a instauração de uma comissão processante presidida pelo vereador Thiago Moreira, o Thiaguinho, e com os vereadores Tim Campos (relator) Fabrício Pereira, o Fabrício da Mudança (membro). Estranhamente, a publicação veiculada inicialmente apresentava diversas inconsistências relacionadas às datas, já que o processo administrativo é de 2023 e a resolução é de 2021, quando Irineu sequer tinha sido eleito prefeito.
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Depois da votação do processo de impeachment, que possivelmente poderá ser concluído somente em fevereiro de 2024 por causa do prazo fixado de 90 dias, Irineu também parece ter agido. No dia seguinte à abertura do processo de Impeachment, seis vereadores teriam sido vistos no gabinete do prefeito que, depois disso, ainda colocou o vereador Bruno Diniz para “bater cartão”, já que o parlamentar também é funcionário concursado e coincidentemente foi o único a ficar em cima do muro durante a votação da abertura do processo de impeachment. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.