“Prefeito de Itatiaia”, Rechuan escolhe antigo aliado para o governo de Irineu e impõe nova derrota a Diogo Balieiro

O ex-prefeito de Resende José Rechuan, ao que tudo indica, não faz mais questão de esconder que é ele quem manda é desmanda no governo de Irineu Coelho, oficialmente prefeito de Itatiaia.

Por lá, o novo secretário de Administração Tributária é Renato Viegas, um dos homens forte do governo de Rechuan. Época em que Viegas, além da secretária de Fazenda, presidia o Progressista, que foi o partido pelo qual o ex-prefeito se elegeu para o segundo mandato dele.

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Na prática, Rechuan ganha vantagem na queda de braço contra o prefeito de Resende Diogo Balieiro, que também tenta assumir indiretamente o controle da arrecadação estimada de R$ 370 milhões de Itatiaia, através do inexpressivo Kaio Márcio Paiva, diretor da Santa Casa de Resende, considerado um pau mandado de Diogo Balieiro.

Vice de Irineu e olhe lá

Conhecido em Itatiaia como “garçom de Irineu” por supostos serviços prestados ao prefeito de Itatiaia através de atendimentos na Santa Casa, objeto de denúncias feitas ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, Kaio já estaria sofrendo com o esvaziamento político de um grupo minguado que teria se formado em torno do rapaz.

Em boa medida pelo fato de Kaio ser de Resende e ter se mudado recentemente para Itatiaia somente para fazer o gosto do chefe dele, Diogo Balieiro.

Porém, o que Balieiro parece não ter contado é que Rechuan, mais uma vez chegaria na frente dele na suposta tomada do controle de Itatiaia. O que já era evidenciado nos primeiros dias do governo de Irineu, quando a chefia de gabinete foi ocupada pelo ex-vereador de Resende Kiko Besouchet, também do grupo de Rechuan.

Diogo perde para Rechuan em Itatiaia

Além de supostamente ajudar a empurrar a gestão de Irineu ladeira abaixo, Rechuan, a se confirmar o nome de Kaio como vice de Irineu, terá vencido a queda de braço com Diogo Balieiro, que já teria pipocado em sua tentativa de emplacar o inexpressivo Kaio Márcio como candidato a prefeito de Itatiaia. A suposta retirada do nome do diretor da Santa Casa teria acontecido não por decisão de Balieiro, uma vez que Kaio é considerado um pau mandado do prefeito, mas sim por decisão do deputado estadual Tande Vieira. Caso se confirmem os burburinhos, Balieiro pode acabar servindo de cabo eleitoral de Irineu e, por tabela, capacho de Rechuan.

Renan Marassi: pau mandado ou moeda de troca?

A poucos dias de se lançar oficialmente pré-candidato a prefeito de Resende, o vereador Renan Marassi, ao que tudo indica, precisará muito mais do que os vídeos “fofos” que anda proliferando nas redes sociais com sorrisos forçados e frases clichês.

Isso porque Marassi, apesar de já estar em seu segundo mandato, é considerado um político apagado, que pouco fez para fiscalizar os gastos de Diogo Balieiro, que afundou a cidade em uma dívida de mais de R$ 311 milhões com diversos empréstimos bancários, inclusive com a aprovação de Marassi.

Porém, a desconfiança em torno do vereador, que supostamente tem diversos cargos comissionados no governo de Balieiro, tem nome e sobrenome: José Rechuan.

Por lá, Balieiro já teria pipocado na tentativa de indicar o nome de Kaio Márcio Paiva como pré-candidato a prefeito prefeito. Caso essa informação se confirme, Kaio seria o vice de Irineu e Diogo Balieiro um cabo eleitoral de luxo, indiretamente um capacho do reinado de Rechuan em Itatiaia.

A contrapartida, diz que conhece do riscado, seria o esvaziamento ou, quiçá, a retirada da candidatura de Renan Marassi em Resende, abrindo caminho para Jayme Neto, nome que deve ser indicado por Balieiro na corrida eleitoral desse ano.

A se confirmar esse acordo, Renan teria a opção de manter uma candidatura fora do guarda-chuva e perder seus cargos comissionados ou desistir e tentar uma reeleição de vereador.

Noel correndo por fora

A indefinição em torno de Renan Marassi pode fazer os eventuais orfãos do rapaz migrarem para os braços do desenvolvimentista Noel de Carvalho, pai de praticamente toda infraestrutura que garantiu o desenvolvimento de Resende no final da década de 1990.

A favor de Carvalho também está a situação atual de Resende: endividada, com alto índice de desemprego, proliferação de bolsões de pobreza e escalada da violência. Em boa medida pela ausência de uma política desenvolvimentista da administração do prefeito Diogo Balieiro, centrada na distribuição de migalhas à população empobrecida.

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